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Professores temporários de creches e 18 vice-diretores são exonerados em Assis

Professores declaram que os maiores prejudicados são as crianças, além deles mesmos, que perdem o emprego

Redação AssisCity / Foto: AssisCity

  • 14/10/16
  • 14:00
  • Atualizado há 431 semanas

Nesta quinta-feira, 13, antevéspera do Dia dos Professores, 15 de outubro, em torno de 50 professores temporários de creches e berçários do Município, que são os Professores de Desenvolvimento Infantil (PDI), e 18 vice-diretores foram comunicados do desligamento de seus cargos.

Os vice-diretores, que ocupam cargos de confiança, voltam para as funções de lecionar em salas de aula, enquanto os professores que prestaram processos seletivos e ocupavam essas salas perdem os cargos.

O corte foi avisado aos gestores escolares através de um comunicado da secretária Municipal do Município, Maria Amélia Artigas dos Santos.

Já na manhã desta sexta-feira, no intuito de discutir o assunto e tentar reverter a medida, membros do Conselho Municipal da Educação de Assis e do Conselho do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), professores e pais se reuniram na sala de reuniões do Núcleo de Educação Continuada. A secretária da Educação foi chamada para participar da reunião, mas não compareceu.

"Segundo o comunicado da secretária, a medida é para a manutenção das contas públicas, bem como enxugar as despesas da folha de pagamento dos funcionários, e está disposto na Lei Complementar de Responsabilidade Fiscal n° 101 de 4 de maio de 2000. Com isso visam conter as despesas das contas públicas, do controle orçamentário", explica após a leitura do documento, José Hélio da Silva, presidente do Conselho Municipal da Educação.

Os professores conversaram com a reportagem do AssisCity e declaram que os maiores prejudicados são as crianças, além deles mesmos, que perdem o emprego.

"A secretária alega que ao tirar um professor do berçário está dentro da lei, mas não está, pois a jornada dos professores é de 7 horas, enquanto o atendimento das crianças é de dez horas e meia. Com a dispensa do professor não é possível receber as crianças adequadamente em tempo integral", avalia José Hélio.

A professora Silvia Maria Almeida Mota, presidente do Conselho do FUNDEB, em Assis, ressalta que a medida acarreta um grande prejuízo aos professores e às crianças.

"Questionamos o orçamento, acompanhamos o FUNDEB, não há dívidas; é injusta uma medida de cima para baixo. Qual a justificativa de uma medida arbitrária?", questiona Sílvia.

Nilson Silva, membro da sub-sede do Sindicato Oficial dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), em Assis, que também é membro do Conselho Municipal da Educação do Município, ressalta que medida é arbitrária e não pensou nos professores, na sociedade, nos pais e nas crianças. A assessoria jurídica do Sindicato vai auxiliar no caso.

Os mesmos grupos se reúnem na tarde desta sexta-feira, 14, para discutirem as ações a serem tomadas.

A secretária foi procurada, mas não atendeu a reportagem, pois estava em reunião.

Membros do FUNDEB e do Conselho Municipal da Educação de Assis

Secretaria Municipal da Educação de Assis

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