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O abandono do Acordo de Paris pelos Estados Unidos e suas implicações

Artigo/Opinião

Prof. Me. Thiago Hernandes

  • 23/01/25
  • 17:00
  • Atualizado há 4 horas

Já reconhecido como um dos maiores desafios da sociedade contemporânea, o aquecimento global e seus desdobramentos ligados às mudanças climáticas, a cada dia vem se intensificando e se consolidando como eventos latentes com profundas marcas em diversos campos.

A relevância do assunto levou os integrantes do IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - grupo que cuida de tais fins, a mudança da terminologia empregada, sendo Emergência Climática e Ebulição Global para referir respectivamente às Mudanças Climáticas e ao Aquecimento Global.

Ao longo da última década do século XX e nas primeiras do século XXI, muitos eventos globais para tratar desta temática ocorreram, sendo a Conferência do Clima de Paris realizada em 2015, como marco histórico neste contexto.

Durante os eventos, Chefes de Estado de praticamente todos os países apresentaram propostas e medidas espontâneas para reduzirem suas emissões de Gases de Efeito Estufa, dentre eles o Dióxido de Carbono e o Metano.

Dentre as medidas apresentadas é citado: estímulo ao uso ampliado de energias limpas e renováveis, combate ao desmatamento, reflorestamento, dentre outros.

Segundo pesquisadores da ONU ligados ao IPCC, a humanidade precisa urgentemente frear o cenário existente de modo que o planeta não aqueça mais que 2°C até o final deste século em relação aos padrões térmicos existentes no período pré Revolução Industrial.

Caso este objetivo não seja alcançado, o planeta entrará gradativamente em uma "nova" era climática, quando eventos extremos serão cada vez mais intensos e recorrentes, cujos impactos sobre a vida e a economia serão irreversivelmente trágicos.

Porém, mesmo com as evidências do colapso climático dando sinais que saltam aos olhos, algumas lideranças internacionais por razões diversas ainda insistem em rumar contra aquilo que a ciência há muito tempo consolidou.

Neste caso, refiro-me mais precisamente ao recém empossado presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que como um de seus primeiros atos anunciou não só apenas da retirada dos Estado Unidos do Acordo do Clima de Paris, mas também um amplo estímulo à produção e uso de combustíveis fósseis como gasolina, diesel e carvão mineral.

Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que isso ocorre. Em mandato anterior Trump teve o mesmo comportamento.

A saída dos Estados Unidos deste acordo tem um brutal peso sobre o planeta, visto que figuram entre os maiores emissores de gases do efeito estuda.

Caso esta nova diretriz estadunidense se mantenha, o mundo caminhará para um cenário demasiadamente tenso e quissa catastrófico, uma vez que certamente o planeta que já está mais quente, ficará facilmente até o final deste século 3°C acimada dos registrados na era pré-industrial.

Assim, é de supra importância o engajamento de lideranças globais agindo pela reversão da postura estadunidense, uma vez que os efeitos deste "novo clima" cairão sobre todo o planeta com agravantes nas áreas mais pobres do mundo pela falta de recursos para o enfrentamento necessário.

Apesar da gravidade do cenário e do pouquíssimo tempo de ação que temos pela frente, podemos em nosso dia a dia agir de forma a gerar valores ambientais positivos, como adotar consumo responsável, praticar a coleta seletiva, utilizar água e energia elétrica de forma adequada e sem desperdícios, plantar árvores, cobrar ações dos gestores municipais para que utilizem de recursos sustentáveis ambientalmente.

A luta é contínua e urgente. Que futuro as novas gerações terão?

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