Verão: Dermatologista alerta para câncer de pele e dá dicas de como se proteger
O tipo mais freqüente de câncer, segundo a dermatologista, surge principalmente em consequência do sol
Além de regular a temperatura do corpo, a pele serve como proteção contra agentes externos como a luz do sol e o calor, agentes infecciosos e químicos, por isso merecem cuidado e muita atenção, já que os cânceres de pele são muito comuns no Brasil.
Estima-se que 25% dos tumores malignos são diagnosticados e a maioria ocorre por causa do excesso de exposição aos raios ultravioletas do sol. Agora, com a chegada do verão, as temperaturas devem aumentar e a exposição ao sol deve ser ainda mais perigosa.
De acordo com a dermatologista Carla Ganassin, o câncer de pele tem apresentações diferentes em nosso organismo. Por isso, é necessário ficar atento aos sinais.
"A primeira forma tem uma aparência elevada, brilhante, translúcida, avermelhada ou até mesmo multicolorida. A segunda apresentação é uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, muda a textura, torna-se irregular, com bordas diferentes e que cresce de tamanho e a última forma é de uma mancha ou uma ferida que não cicatriza, a gente usa pomada e aquela ferida nunca cicatriza", explicou.
O tipo mais freqüente de câncer, segundo a dermatologista, surge principalmente em consequência do sol.
"É o tipo mais freqüente, que representa 70% dos casos e é o mais tranqüilo, o seu surgimento está diretamente relacionado a exposição solar acumulada durante a vida e esse tipo não é tão grave, já o melanoma é um tipo mais perigoso e graças a Deus é o tipo mais raro, tem alto potencial de produzir metástase, então não é apenas o câncer de pele, mas ele pode levar a morte se não houver diagnóstico e tratamento precoce, porque ele vai dar metástase em outros órgãos, como cérebro, fígado e outros órgãos", alertou a especialista.
Algumas pessoas são mais suscetíveis ao câncer de pele, como explica a Dra. Carla Ganassin, que também alerta para os riscos.
"Os pacientes que tiveram exposição ao sol durante a vida toda sem a devida proteção, pacientes de pele clara, olho claro, aqueles pacientes que tiveram queimaduras solares durante a infância, a gente tem que lembrar que o sol tem esse efeito cumulativo, então são pacientes que tem maior predisposição a ter o câncer de pele, além disso, pacientes que trabalham, que se expõe ao sol diariamente tem que procurar o dermatologista para ficar atento a sinais de pintas estranhas no organismo", orientou.
Quando o câncer de pele é diagnosticado precocemente, as chances de cura são bem maiores e o tratamento é relativamente rápido.
"Existem tratamentos diferentes para cada tipo de câncer de pele, mas tem que haver a retirada do tumor, então tem que ser feita cirurgia para retirar o câncer de pele e em alguns casos precisamos investigar outros órgãos para ver se não tem outras estruturas acometidas, mas basicamente o dermatologista faz um exame chamado de dermatoscopia, em que ele consegue aumentar em 100 vezes a pinta, aquela lesão suspeita, avalia se é uma lesão necessária de ser retirada e retira a lesão", concluiu a dermatologista.
Drª Carla Ganassin é médica dermatologista