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Como o nosso cérebro interpreta o medo?

Os sustos e o medo são processos instintivos do corpo humano desenvolvidos no cérebro, ressalta o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela

  • 29/10/24
  • 10:00
  • Atualizado há 13 horas

No dia 31 de outubro, é comemorado o Halloween, ou Dia das Bruxas, uma data em que as pessoas se fantasiam, pedem doces e assistem a filmes de terror. Mas essa festa, que é fortemente ligada ao medo, ajuda a refletir sobre um instinto comum e pouco valorizado do nosso corpo.

Afinal, como nosso cérebro entende o medo?

Um mecanismo de defesa do cérebro

De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a reação de medo é, na verdade, um mecanismo de defesa desenvolvido pelo corpo que usa determinadas áreas do cérebro em um instinto de luta ou fuga diante de ameaças.

"O medo é uma reação natural e importante para a nossa sobrevivência, ele nos avisa quando estamos diante de uma ameaça e faz nosso corpo se preparar para agir, os músculos ficam tensos, há mais açúcar no sangue para nos dar energia, e hormônios como adrenalina e cortisol são liberados, o que faz o coração e os pulmões trabalharem mais".

"Essa reação de "lutar ou fugir" é controlada pela amígdala, uma região do cérebro que não diferencia ameaças físicas de emocionais, ou seja, quando sentimos medo, como ao assistir um filme de terror, a amígdala ativa reações automáticas, fazendo nosso coração acelerar e liberando hormônios como adrenalina e dopamina", explica Dr. Fabiano.

Você gosta de levar sustos? A ciência explica

Ainda segundo o Dr. Fabiano de Abreu, o gosto de algumas pessoas por filmes de terror, sustos, etc., tem uma explicação científica, a resposta está em um processo chamado "alívio pós-medo".

"Embora o medo seja um instinto ligado ao perigo, muitas pessoas gostam de assistir a filmes de terror e se assustar de propósito, isso por causa do "alívio pós-medo". Quando sentimos medo, nosso corpo fica em alerta, mas quando passa, como ao ver um filme, nosso cérebro percebe que não há perigo real, isso causa um estado de relaxamento", ressalta.

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