Queimadas em aterro de resíduos em Assis escondem problemas ainda mais graves na gestão do local
Segundo as autoridades, os dois incêndios em menos de um mês foram criminosos
As queimadas sempre foram um problema ao meio ambiente e há algum tempo isso acontece frequentemente no aterro de inertes de Assis. Na última semana, dois incêndios foram registrados em um curto espaço de tempo. Em entrevista concedida pelo Coordenador da Defesa Civil do Município Fábio Nossack, ao Portal AssisCity, ele explicou que esses atos são crimes ambientais.
"É um caso de polícia, é crime ambiental e as autoridades fizeram as vistorias e esse fogo iniciou do lado de fora do aterro e propagou até a parte de dentro. Temos problemas de invasões, roubos e algazarras de pessoas no local", disse o Coordenador.
Segundo Fábio, a situação do aterro sanitário de Assis está em risco, por conta do auto de infração da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, CETESB, que o município recebeu na última vez que o local pegou fogo.
"Ele pode vir a ser interditado por conta desse auto de infração da CETESB na última vez que pegou fogo. Já foi pedido o encerramento das atividades no aterro, mas já conseguimos um escudo judicial que nos protegeu dessa ação. Porém, com mais um incêndio fica difícil manter o funcionamento", explicou.
Por fim, o Coordenador informou que as leis municipais impedem as autoridades de melhorarem a segurança do local, uma vez que a responsabilidade é dos geradores dos resíduos. Por outro lado também, o valor pago pela população para o depósito de resíduos é de R$5,00 e faz com que não exista recursos necessários para essas modernizações.
"Nos perguntam o motivo da prefeitura não melhorar a segurança do local. O que impede são as leis municipais, uma vez que quem gere o local é quem gera os resíduos e o valor cobrado do depósito do resíduo é de R$5,00, que está definido por lei. Isso engessa o funcionamento do aterro. Já tentamos mudar essa tarifa e não obtivemos sucesso", disse o profissional
Fábio também explicou que existe um movimento que busca a revogação dessa lei e que através de decreto possam alterar esse valor para um já trabalhado no mercado, que gira em torno de R$ 10,00 por metro cúbico.
Confira: