Padrasto de Ana Carolina Montolezzi é condenado a 8 anos de prisão; "Justiça foi feita", diz pai da adolescente
Julgamento de crime que chocou a cidade de Assis em 2018 teve mais de 15 horas de duração
Redação AssisCity
- 12/09/24
- 12:00
- Atualizado há 14 semanas
Nesta quarta-feira, 11 de setembro, foi realizado o julgamento de Edson Gonçalves de Oliveira, acusado de matar sua enteada, Ana Carolina Montolezzi, de 17 anos, com um tiro na cabeça no dia 24 de agosto de 2018, em um crime que chocou a cidade de Assis. Edson enfrentou um júri popular que decidiu por sua condenação a 8 anos de prisão. A defesa já sinalizou que pretende recorrer da decisão.
O julgamento, que se estendeu por mais de 15 horas, foi presidido pelo juiz Bruno César Giovanini Garcia. A defesa do réu foi conduzida pelos advogados Alexandre Valverde e Marina Helou Giraldeli Toni, enquanto a acusação esteve a cargo do promotor do Ministério Público, Fernando Fernandes Fraga. O júri teve início pela manhã e se encerrou por volta das 2h da madrugada.
Em entrevista ao Portal AssisCity, o pai da vítima, Márcio Montolezzi, expressou alívio com a sentença. "A justiça foi feita. Estávamos há seis anos esperando por isso, e eu acreditava que, com a ajuda de Deus, a justiça seria feita. Ele pegou 8 anos em regime fechado, e creio que vai cumprir o que foi determinado. Acreditei muito em Deus, e a justiça foi feita pela minha filha", disse emocionado.
Alexandre Valverde, advogado do acusado, informou em entrevista ao Portal AssisCity que a defesa não concorda com a condenação e irá recorrer. "A nossa tese principal não foi acolhida pelo ilustre Conselho de Sentença, tese esta, referente ao reconhecimento da excludente de culpabilidade descrita pelo art. 20, parágrafo 1º do CP pátrio. Portanto, a defesa não anui com a referida decisão, e tampouco com a respectiva pena aplicada. Inclusive, já interpusemos o recurso de apelo", disse o advogado.
Sobre o crime
Edson Gonçalves de Oliveira é acusado de matar Ana Carolina Montolezzi com um disparo de arma de fogo na cabeça, ocorrido da noite de 24 de agosto de 2018. A jovem foi socorrida e levada ao Hospital Regional de Assis, mas não resistiu aos ferimentos.
Edson fugiu do local após o crime, mas foi capturado pela polícia no anel viário de Cândido Mota, em seu veículo. Na ocasião, alegou-se que o disparo havia sido acidental e Edson recebeu liberdade provisória ainda em agosto de 2018.