Buscar no site

Assis é obrigada a devolver R$ 732.793,10 da construção do Parque Ecológico Água da Porca

Executivo encaminhou projeto à Câmara e devolução do recurso foi autorizado pelos vereadores

Redação AssisCity

  • 13/05/21
  • 17:00
  • Atualizado há 188 semanas

A Prefeitura de Assis terá que devolver R$ 732.793,10 ao Fundo de Interesse Difuso (FID), que seria usado para a construção do Parque Ecológico "Francisco Antunes Ribeiro", conhecido como Água da Porca, que foi disponibilizado em 2014, mas não foi aplicado em atendimento a uma ação civil pública interposta pelo Ministério Público. Vereadores aprovaram a devolução do recurso na sessão de segunda-feira, 11.

O projeto já estava com valores e propostas de orçamento defasados e em 2017 foram feitas as atualizações necessárias, inclusive a licença ambiental. Porém, o Ministério Público questionou e entrou com uma ação civil pública contra a CETESB mandando suspender a licença, mesmo com licitação formalizada e contratação do serviço.

A decisão se deu mesmo com licença ambiental vigente, segundo explica Fábio Nossack, secretário Municipal de Obras. "Já havíamos iniciado as obras, mas o juiz que avaliou a ação entendeu que MP estava pleiteando algo correto, sem ouvir as partes envolvidas e por conta dessa paralisação foi impossibilitado a execução da obra, e infelizmente o prazo expirou em dezembro de 2020 e agora teremos que devolver um recurso para construção de uma obra que estava prevista para ser entregue em 2021", lamenta o secretário que informa ser necessário esperar a ação civil pública e o desfecho da ação, para saber se a licença ambiental estará novamente vigente.

O prefeito José Fernandes lamenta ter que devolver o recurso e apresentar projeto para votação na Câmara formalizando a devolução de um valor tão alto, e, principalmente não poder executar uma obra tão grandiosa para a cidade.

Divulgação - Verba foi disponibilizada em 2014
Verba foi disponibilizada em 2014

"Com muita tristeza e pesar, desde o ano de 2020 na mídia local, mesmo diante de todos os esforços despendidos pelo Executivo Municipal para reverter a situação (de não ter que devolver o recurso), não logramos êxito. Nossa proposta tinha a melhor funcionalidade em cumprimento da função social daquele espaço público, uma vez que se localiza estrategicamente na entrada da cidade e abriga importante área de preservação, que deve ser direcionado para contemplação e lazer, mas principalmente para ações de educação ambiental (...) mas, mesmo diante de todos os esforços despendidos pelo Executivo Municipal para reverter a situação, não logramos êxito ", diz trecho do projeto do Poder Executivo.

Em outro momento da justificativa do projeto, é informado que foram várias as tratativas com o Ministério Público para que a obra fosse liberada: "Mesmo havendo tentado diversas tratativas com o Ministério Público local, no sentido de liberar a execução das obras, haja vista o caráter de utilidade pública e essencial ainda à conservação dos sistemas de drenagem urbana do local, não nos foi autorizado dar continuidade ao projeto, que em muito valorizaria aquele espaço e região da nossa cidade. Assim, a Prefeitura foi impedida de executar qualquer obra no local, e, por meio do Ofício GSJC nº 87/2020 do Gabinete do Secretário da Secretaria de Justiça e Cidadania, foi também solicitada a imediata devolução do saldo existentes em conta, apresentação de prestação de contas final e restituição de diferença de valores referentes ao Convênio 000775/2014".

Até o momento a área segue sem licença e sem autorização sequer para limpeza dos sistemas de drenagem, ocasionando problemas de águas pluviais na Avenida Getúlio Vargas, como alagamentos.

Receba nossas notícias em primeira mão!

Mais lidas
Ver todas as notícias locais
Colunistas Blog Podcast
Ver todos os artigos