É #FAKE que vacinas mRNA contra Covid causaram 500 mil mortes nos EUA
Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos aponta que mensagem é falsa e afirma que relatos de morte após a vacinação contra Covid-19 são raros.
G1
- 08/05/23
- 10:00
- Atualizado há 84 semanas
Circula nas redes sociais um cartaz com a expressão: "500.000 mortes causadas pelas vacinas MRNA". É #FAKE.
A publicação falsa completa diz: "500.000 mortes causadas pelas vacinas MRNA. O CDC e a Pfizer sabiam de tudo".
Procurado pelo Fato ou Fake, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) esclarece que "relatos de morte após a vacinação contra COVID-19 são raros."
O CDC explica que a Administração Federal para Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA) exige que os profissionais de saúde relatem qualquer morte após a vacinação com Covid-19 ao Vaccine Adverse Event Reporting System (Vaers), mesmo que não esteja claro se a vacina foi a causa.
Também esclarece que relatos de eventos adversos ao Vaers após a vacinação, incluindo mortes, não significam necessariamente que uma vacina causou um problema de saúde.
De acordo com o CDC, mais de 672 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 foram administradas nos Estados Unidos de 14 de dezembro de 2020 a 1º de março de 2023 e durante esse período, o Vaers recebeu 19.476 relatórios preliminares de morte (0,0029%) entre pessoas que receberam uma vacina contra a Covid-19.
"Os médicos do CDC e da FDA revisam os relatórios de morte para o Vaers, incluindo certidões de óbito, autópsia e registros médicos. O monitoramento contínuo identificou nove mortes causalmente associadas à vacina J&J/Janssen Covid-19. Embora as vacinas de mRNA (vacinas Pfizer-BioNTech ou Moderna COVID-19) sejam preferidas, a vacina Janssen Covid-19 da Johnson & Johnson pode ser considerada em algumas situações, de acordo com o CDC.
O CDC reitera que as vacinas contra a COVID-19 são seguras e eficazes e as reações graves após a vacinação são raras. "O CDC recomenda que todos com 6 meses ou mais sejam vacinados o mais rápido possível para se proteger contra o Covid-19 e suas complicações potencialmente graves."
Pfizer
"Milhões de pessoas nos Estados Unidos receberam vacinas Covid-19 no programa de monitoramento de segurança mais intenso da história dos EUA. O CDC, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) e outras agências federais continuam monitorando a segurança das vacinas Covid-19", diz.
Também procurada pelo fato ou Fake, a Pfizer afirma que já distribuiu globalmente mais de 4,5 bilhões de doses da vacina ComiRNAty em mais de 181 países ao redor do mundo e não há, até o momento, qualquer alerta de segurança ou preocupação, de modo que o benefício da vacinação segue se sobrepondo a qualquer risco.
"A vacina de COVID-19 já demonstrou ser segura e eficaz em ensaios clínicos e evidências do mundo real. Se considerarmos o cenário que o mundo enfrentava em maio de 2021 e o cenário atual, em maio de 2023, fica evidente o quanto a vacinação em larga escala foi essencial para controlar a pandemia. " A Pfizer realiza habitualmente o acompanhamento de relatos de potenciais eventos adversos de seus produtos, mantendo sempre informadas as autoridades, de acordo com a regulamentação vigente nos países onde é aplicada."
A Pfizer afirma que realiza habitualmente o acompanhamento de relatos de potenciais eventos adversos de seus produtos, mantendo sempre informadas as autoridades, de acordo com a regulamentação vigente nos países onde é aplicada.
Especificamente para a vacina ComiRNAty, a Pfizer estabeleceu um portal para comunicação de informações relacionadas a relatos de eventos adversos (https://www.pfizersafetyreporting.com/#/pt), facilitando ainda mais o contato com a empresa e o monitoramento de farmacovigilância.
A bula do imunizante com todas as informações, sua composição, e potenciais eventos adversos está disponível no link: https://www.pfizer.com.br/bulas/comirnaty, bem como no website da Anvisa, no link: https://www.gov.br/anvisa/ptbr/assuntos/paf/coronavirus/vacinas/pfizer.