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Agricultores denunciam mortandade de peixes no Rio Pary-Veado em Palmital

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo esteve no local após denúncia

Redação AssisCity

  • 09/10/24
  • 11:00
  • Atualizado há 1 semana

Na tarde desta terça-feira, 08 de outubro, agricultores que moram nas proximidades do rio Pary-Veado em Palmital, entraram em contato com o Portal AssisCity para denunciar a mortandade de peixes que tem ocorrido no local há alguns dias.

O agricultor Willian Santos, em entrevista ao Portal AssisCity, contou que a morte dos animais foi notada nesta segunda-feira, 07 de outubro por conta do mau cheiro, e informou que o caso não é uma situação isolada. "Nós notamos isso ontem pela manhã, na propriedade de outro agricultor, mas pelo jeito já faz uns dias que os peixes estão morrendo. Tem peixes mortos, mas ainda firmes e também já tem peixes podres. Essa mortandade já aconteceu em outras vezes, como em 2021, mas fazia algum tempo que não acontecia mais. Naquela época, órgãos ambientais estiveram no local, mas a análise da água não deu nada", disse.

Reprodução/Redes Sociais - Peixes mortos foram encontrados no Rio Pary-Veado - Foto: Reprodução/Redes Sociais
Peixes mortos foram encontrados no Rio Pary-Veado - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Para Willian, o caso recente pode estar relacionado com o descarte de resíduos por parte de uma empresa de amidos e adoçantes da região. "Nós acreditamos que o descarte dos resíduos da empresa possa ser a principal causa dessa mortandade, porque os peixes só morrem do local do descarte para baixo. Para cima do local do descarte não tem peixes mortos. Nosso grupo de agricultores aqui da região fomos até a empresa para conversar, mas nada foi resolvido. Estão acabando com o rio", disse.

Reprodução/Redes Sociais - A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo esteve no local após denúncia - Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo esteve no local após denúncia - Foto: Reprodução/Redes Sociais

José Adilson, também agricultor, falou sobre o impacto dos danos ambientais causados com a mortandade dos peixes no rio Pary-Veado. "Eu acho que o peixe morto não causa um impacto só para nós agricultores, eu acho que os peixes mortos e o rio poluído causam um impacto para toda a comunidade. O Pary-Veado é um rio que banha tanto Palmital como também Cândido Mota. Essa água é utilizada por alguns agricultores para irrigação, é utilizada por pescadores para lazer, tem lugares que as pessoas usam até para se banhar. Então esse impacto não é só para a agricultura. O rio pertence a população, então acredito que deve ser cuidado e respeitado", disse.

Reprodução/Redes Sociais - Agricultores da região notaram a mortandade dos animais por conta do mau cheiro no rio - Foto: Reprodução/Redes Sociais
Agricultores da região notaram a mortandade dos animais por conta do mau cheiro no rio - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Portal AssisCity entrou em contato com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), que informou que a equipe técnica esteve no local nesta segunda-feira, 07 de outubro, logo após receber a denúncia, para a coleta de amostras que são necessárias para produção dos laudos.

Reprodução/Redes Sociais - Segundo os agricultores, o caso já se repetiu em outros anos - Foto: Reprodução/Redes Sociais
Segundo os agricultores, o caso já se repetiu em outros anos - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em nota, a empresa Tereos Amido e Adoçantes Brasil, informou que mantém rígido controle em seu sistema de tratamento de efluentes e que segue trabalhando à disposição da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). Confira a nota na integra: "A Tereos Amido e Adoçantes Brasil mantém rígido controle em seu sistema de tratamento de efluentes provenientes do processamento de milho em sua unidade. Assim que soubemos do ocorrido, estivemos no Rio Pary-Veado para realização de todas as investigações necessárias e seguimos trabalhando à disposição da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e da Polícia Ambiental.

Salientamos que todo o processo de devolução de efluentes ao ambiente segue protocolos normativos regulatórios e ambientais. Os efluentes são devolvidos ao meio ambiente somente após passarem por nosso sistema de tratamento, respeitando os limites das licenças e outorgas concedidas pelos órgãos ambientais competentes", diz o documento.

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