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Tony Bellotto, do Titãs, escreve romance policial ambientado em Assis

Músico de 64 anos viveu parte de sua adolescência na cidade

Redação AssisCity

  • 15/07/24
  • 10:00
  • Atualizado há 7 semanas

O músico e escritor Tony Bellotto, guitarrista e compositor da banda de rock Titãs, está lançando seu 13º romance policial "Vento em setembro", pela editora Companhia das Letras. O romance é ambientado em Assis, cidade em que o músico de 64 anos viveu boa parte de sua adolescência.

Reprodução/Redes Sociais - Tony Bellotto é escritor, guitarrista e compositor da banda de rock Titãs - Foto: Reprodução/Redes Sociais
Tony Bellotto é escritor, guitarrista e compositor da banda de rock Titãs - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em entrevista concedida ao jornalista Guilherme Bryan, para o Valor, de São Paulo, Tony conta que a cidade do romance é baseada em suas lembranças de quando viveu em Assis em 1974. "Essa região é pouco retratada na literatura brasileira. E, quando comecei a escrever, me voltaram muito as lembranças de minha estadia em Assis, no ano que passa a ação, 1974. O Colégio Diocesano, em que eu cito um seminário, de fato existiu e eu cheguei a estudar lá. Mas descobri que aquele prédio foi demolido e não existe mais o colégio e nem o seminário. Mesmo assim eu coloquei meu personagem narrador chegando naquele lugar, como se ele existisse ainda. Então a cidade real passa a ser imaginária", disse.

Divulgação/Companhia das Letras - O romance policial
O romance policial "Vento em setembro" é ambientado em Assis, onde Tony viveu boa parte de sua adolescência - Foto: Divulgação/Companhia das Letras

O livro "Vento em setembro", cujo título é inspirado na obra "Luz em agosto" do escritor americano William Faulkner, narra a história de Máximo Leonel, um grande latifundiário. Na década de 1970, Máximo contrata a prostituta Laura para celebrar a perda da virgindade de seu filho mais novo, Alexandre. No entanto, após o evento, Alexandre desaparece misteriosamente.

"A sexualidade está muito presente nesse livro. Tem um personagem muito machista, uma mulher naturalmente oprimida do interior que busca uma libertação dessa condição. Um homossexual numa época em que aquela condição era muito combatida e oprimida, ao mesmo tempo em que se iniciava uma luta de conquista de direitos", explicou Tony.

Sobre a possibilidade de o livro virar uma produção audiovisual, Tony disse ao jornalista Guilherme Bryan que quando escreve, sempre imaginas cenas na cabeça como se, de fato, estivesse vivendo um filme. "Eu acho que agora renderia uma boa série. Agora precisa ver se mais alguém vai achar a mesma coisa", concluiu.

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