Sindicatos emitem carta aberta sobre luta trabalhista, pandemia e democracia
Carta é assinada pela APEOESP Sub-sede de Assis, Sindicato dos Bancários de Assis, Sindicato dos Comerciários de Assis, Sindicato dos Servidores Municipais de Assis e SindSaúde Sub-sede Marília
Neste sábado, 1° de maio, feriado do Dia do Trabalho, sindicatos publicaram carta aberta, para falar sobre democracia, luta dos trabalhadores e a pandemia. Confira abaixo o texto completo, assinado por APEOESP Sub-sede de Assis, Sindicato dos Bancários de Assis, Sindicato dos Comerciários de Assis, Sindicato dos Servidores Municipais de Assis e SindSaúde Sub-sede Marília.
"Nós, trabalhadores do Vale do Paranapanema, não temos motivos para festejar este dia 1º de Maio.
Estamos em LUTO pelas mais de 400 mil mortes no país, provocadas pelo vírus da omissão e negligência de um Governo que nega a ciência e a medicina.
Também estamos em LUTO pela prática genocida do Governo Federal, com voto da maioria do Congresso Federal, que assassina direitos dos trabalhadores, com as reformas da Previdência e Trabalhista.
Essas reformas resultaram numa verdadeira demolição de direitos e em milhões de desempregados e trabalhadores informais, mascarados de 'empreendedores'.
Neste 1º de Maio, Dia Mundial do Trabalhador, quem deve estar comemorando são os Governos que aumentam a contribuição previdenciária, provocam o arrocho salarial sem conceder sequer a reposição inflacionária.
Também devem estar festejando patrões que demitem e cortam direitos trabalhistas em plena crise econômica e sanitária.
Estes, talvez, estejam até organizando carreatas pelas ruas das cidades.
No entanto, nós, trabalhadores, mesmo EM LUTO, continuamos NA LUTA pela manutenção do emprego, dos direitos trabalhistas, por aumento real de salário e melhores condições de saúde, com vacina para todos já e cobrando uma política que garanta a VIDA.
Queremos, neste difícil momento, registrar nossa eterna GRATIDÃO a todos os profissionais da Saúde pela luta diária para garantir a vida do povo brasileiro.
Somos trabalhadores em LUTO, mas continuamos na LUTA!"