Morre Maria Júlia Spricido, jovem aluna da APAE, em Assis

Será sepultada na tarde desta terça-feira, 13 de agosto, no Cemitério Municipal de Assis, a jovem Maria Júlia Spricido, de 20 anos. Maria Júlia morreu nesta segunda-feira, 12, em decorrência de uma broncopneumia seguida de complicações, após ficar internada na UTI em Assis.

Portadora da Síndrome de Rett, Maria Júlia frequentava a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Assis. Por conta da Síndrome, a jovem não andava e não falava, mas era uma pessoa muito carinhosa e expressiva, sendo muito querida por colegas e professores.

Viviane Hilário, que foi professora de Maria, descreve a aluna como uma jovem cheia de vida que sempre buscava superar suas limitações físicas. "Eu tive o prazer e a honra de ser professora da Maria Júlia, ela era uma aluna muito querida e dedicada, porque mesmo com as suas dificuldades motoras, verbais, ela não conseguia falar, ela se comunicava pelos olhos, pelo sorriso. Quando ela chegava na sala, estava sempre feliz, nós cumprimentávamos ela e ela abria um sorriso tão maravilhoso que demonstrava que ela estava feliz por estar ali conosco. Ela sempre se comunicou com a gente através do olhar. Ela fazia todas as atividades que eram propostas, sempre com muita alegria. Ela vai deixar muitas saudades", disse Viviane ao Portal AssisCity.

Beatriz Spricido, irmã de Maria Júlia, falou sobre como a jovem era no dia-a-dia com sua família e amigos. "A Maria Júlia era extremamente amorosa, carinhosa, mesmo que ela não falasse e não andasse, ela sabia se expressar. Ela sabia mostrar exatamente o que ela queria, quando ela estava com fome, quando ela estava triste, era tudo muito claro para nós. Ela tinha um brilho no olhar que era muito diferente, ela era quietinha e não dava trabalho algum, era uma menina pura e doce. Sempre foi muito amada e muito bem cuidada, acho que o olhar dela transparecia isso, esse carinho", disse ao Portal AssisCity.

Ainda segundo Beatriz, sua família está muito abalada com a morte da jovem, mas entendem que as lembranças de Maria se tornarão forças para seguirem em frente. "Eu e minha família gostaríamos de deixar viva a lembrança da nossa princesa. Sabemos que agora não há mais sofrimento, que agora ela tem o descanso merecido, foi muito guerreira, lutou, sorriu, chorou e agora partiu. Tivemos muitas orações para ela e pela nossa família, agradecemos muito a intercessão, estamos juntos e firmados na fé, agarrados na esperança de dias melhores. O que nos resta para sempre é saudade, é como se estivéssemos deslocados, com saudade de casa, porque ela era nosso lar, deitar pertinho do coração dela nos mantinha vivos e esperançosos, esse coraçãozinho parou levando todo abrigo, mas vamos nos refazer", disse.

Maria Júlia Spricito deixa os pais Marisa e Rodnei Spricido e as irmãs Beatriz, Carolina e Natália.

Ela está sendo velada na Sala 2 do Centro Funerário São Vicente Prever.