Moradora denuncia risco de animais peçonhentos devido a ferro velho na Vila Progresso

Os moradores da Vila Progresso estão preocupados com uma situação envolvendo um ferro velho, em Assis. Uma moradora do bairro procurou a reportagem do AssisCity para expor a situação que, segundo ela, está relacionada às condições precárias com que o estabelecimento funciona.

"Nós temos medo de doenças que podem ser transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika vírus e chikungunya, além da infestação de pragas como ratos, baratas, escorpiões e aranhas. Esses bichos se proliferam em locais como este ferro velho e, nessa época chuvosa, a tendência é só aumentar. Podemos avistar todos os dias, sem dificuldades, que esses bichos estão no local", contou a moradora.

Segundo ela, outro problema que incomoda são os materiais que ficam nas calçadas e dificultam a passagem não apenas de pedestres, mas também de veículos.

"Além disso, a gente também convive com a obstrução do trânsito, tanto para automóveis e motocicletas, como também para os pedestres, pois o proprietário do ferro velho acumula suas 'reciclagens' nas calçadas e estaciona os caminhões no meio da rua para fazer a descarga. O problema é que ficam ali por horas, ou até dias, obrigando a gente a mudar totalmente a nossa rota quando nos deslocamos", acrescenta a reclamante.

Ela acrescenta ainda que o referido ferro velho cresce a cada dia e isso também tem preocupado os moradores.

"No princípio, o ferro velho ocupava um terreno e hoje já ocupa três. Nós que residimos aqui nos sentimos morando em um lixão, porque por onde andamos encontramos cacos de vidro, pneus, latarias de carro, tambores, sacolas e outros materiais. Já foram feitas inúmeras reclamações, para diversos órgãos, como Prefeitura, Polícia, Vigilância Sanitária e Departamento Municipal de Trânsito, além de vereadores da cidade, mas até agora nada foi feito. O ferro velho já chegou a receber uma multa, mas nada mudou", finaliza.

O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Fábio Nossack, esclarece que o município não tem uma lei que vete ocupação de ferro velho. Ele afirma que esta é uma reclamação justa e antiga, porém não há o que impeça o ferro velho, legalmente, de atuar onde está instalado.

"O que os moradores podem fazer é formalizar uma reclamação na Vigilância Sanitária, no Departamento de Endemias, por conta de acúmulo de água e circulação de ratos, por exemplo. Sobre o local onde atuam, não é possível tirar o ferro velho de lá, pois não há uma legislação municipal que dê respaldo a isso. É possível solicitar um Estudo de Impacto de Vizinhança, o que acarretaria ao ferro velho a obrigação de murar o local, fechar ou atuar em barracão, e quanto a isso não há nada que o Meio Ambiente possa fazer, a não ser prestar esses esclarecimentos. De qualquer forma, nos colocamos à disposição da população para eventuais dúvidas ou denúncias", conclui.

Ferro velho cresce a cada dia e preocupa moradores da Vila Progresso