Montador de móveis se transforma em Papai Noel para alegrar crianças na região

Por mais de 11 anos, o montador de móveis Celso Aparecido da Silva, de Cândido Mota, deixa as ferramentas de lado e veste a fantasia de Papai Noel durante o mês de dezembro. Movido pela vontade de alegrar as crianças, ele se dedica a distribuir balas, abraços e sorrisos nas ruas e em lojas da cidade e da região de Assis. Para Celso, o espírito natalino não está em grandes gestos, mas no prazer de ver a alegria estampada no rosto de quem cruza seu caminho.

"É muito gratificante ajudar os outros, entende? Eu fazia coisas no Dia das Crianças, e isso me trouxe vontade de fazer mais. Deus nos dá saúde, vida, e isso me trouxe a um mundo diferente, o de poder ajudar. É muito gostoso quando você vê uma criança sorrindo, ou um pai, uma mãe, um avô emocionados. Isso motiva a gente. É muito bom ser criança e, ao mesmo tempo, ser Papai Noel", contou ao Portal AssisCity.

Celso tem uma abordagem peculiar: em vez de esperar convites, ele mesmo bate às portas das lojas locais, oferecendo sua presença como Papai Noel. Algumas já o conhecem e facilitam a parceria, doando balas para que ele distribua durante o evento. "Eu começo lá pelo dia 15 e fico cinco noites seguidas, cada uma em um lugar. Algumas lojas me pedem para ir em um dia específico, e eu me organizo. As balas e outras doações que recebo são sempre bem-vindas, porque ajudam a alcançar mais crianças", explica.

A fantasia de Papai Noel, símbolo de sua missão, também tem sua história. "Às vezes alguém oferece ajuda com tecido para fazer a roupa, e eu aceito. É muito difícil, mas cada contribuição é uma boa ajuda. Tudo é na base da doação, de um lado ou de outro", disse Celso.

Embora não cobre pelo trabalho, Celso aceita doações espontâneas que chegam até ele. "Se alguém falar: 'Posso te dar um dinheiro?', eu pego. Não vou dizer que não, mas nunca peço. Com esse dinheiro, compro mais balas para ajudar outras crianças que às vezes você vê na rua e não têm nada".

Para Celso, ser Papai Noel é mais do que vestir a roupa e sair pelas ruas. É sobre criar conexões e despertar emoções que transcendem o ato de dar. "É um privilégio ver o sorriso das crianças, o brilho nos olhos delas e dos adultos que voltam a acreditar na magia do Natal. Isso emociona e me dá forças para continuar. Obrigado por me permitirem viver isso", conclui.