Márcia Deperon é a quarta candidata a prefeita da série de entrevistas da Rádio Marconi, confira na íntegra
A Rádio Clube Marconi está realizando nesta semana entrevistas com os candidatos a prefeito de Paraguaçu Paulista. A série de entrevistas teve início nesta segunda-feira (10) e prossegue até sexta-feira (14). Nesta quinta-feira (13), foi a vez da candidata a prefeita Márcia Regina Ale Deperon responder as perguntas dos mais variados temas como educação, saúde, esporte, cultura, meio ambiente, infraestrutura, geração de empregos, entre outros.
A rádio pediu a autorização do juiz eleitoral para realizar esse momento democrático. Ao todo são 11 perguntas e o candidato tem o tempo de 4 minutos para responder cada uma. O tempo é cronometrado. A emissora ainda fixou como regra, que não é permitido que o candidato emita qualquer tipo de ofensa a outros candidatos
A sequência das entrevistas está sendo de acordo com a ordem alfabética dos nomes dos candidatos, sendo:
Dia 10/09/2012 - Álvaro Garms Neto
Dia 11/09/2012 - Ediney Taveira Queiroz
Dia 12/09/2012 - Fernando Rodrigo Garms
Dia 13/09/2012 - Márcia Regina Ale Deperon
Dia 14/09/2012 - Valdir Marcelo da Silveira
As entrevistas terão como finalidade, levar ao conhecimento dos eleitores as propostas de cada candidato, dando-lhes condições de melhor escolha. A sintonia da Rádio Marconi é AM 1190.
Confira na íntegra a entrevista realizada nesta quarta-feira (13) com a candidata Márcia Regina Ale Deperon:
1 -Recentemente no município nós tivemos a morte de três jovens paraguaçuenses que foram velados no velório municipal. Na madrugada havia uma quarta pessoa sendo velada. Eram 4 velórios e apenas três salas. O espaço ficou superlotado e quase não couberam todas as pessoas. Nosso velório precisa de reforma mas, um problema mais grave ainda é o cemitério. Em seu governo, há planos para um novo cemitério?
R: Sim, o velório municipal realmente necessita ser reformado devido as condições precárias em que se encontra, a reforma contemplaria os sanitários, as salas que devem ser compatíveis conforme os dados do sistema de mortalidade municipal, o SIMM, com área de apoio, sala de conforto aos familiares, copa, sala de preparo e demais dependências administrativas essenciais para o funcionamento do velório municipal, para que a população seja acolhida com tranqüilidade, num momento tão delicado. A segurança para os familiares que permanecem no local também deve ser cuidada pela prefeitura. Em relação a construção do cemitério, sabemos que a área atual já expandiu tudo o que tinha que expandir, o que deve ser feito é uma melhor manutenção na atenção das calçadas internas, colocar mais torneiras para facilitar o serviço de quem trabalha no local e melhorar a segurança. Uma alternativa é a construção de um cemitério vertical, num modelo jardim onde não haja uma discriminação, todos tenham o mesmo modelo de tumulo, porém essa é uma questão que deve respeitar as diferentes culturas e religiões, como também a criação de um espaço ecumênico que possa acolher e respeitar a todos, devemos pensar numa área nova e é necessário para isso um estudo para que o novo cemitério esteja de acordo com o Conama e o Código Sanitário do Estado de São Paulo e que também seja debatido no Conselho da Cidade, no Conselho do Plano Diretor e também no Conselho do Meio Ambiente, onde estão representados todos os segmentos da comunidade paraguaçuense e isso inclui avaliar a geografia e a geologia para que não contamine o lençol freático. Dentro dessas medidas farei uma licitação para contratar uma empresa de engenharia e arquitetura para elaboração de um estudo sobre o cemitério local, bem como identificar uma área ideal para sua construção, observando a legislação técnica federal e estadual, respeitando as diretrizes do plano diretor do município e da Cetesb. Defendo o valor inestimável do ser humano, por isso acredito que essas medidas não se tratam apenas de obras e sim que a prefeitura proporcione à população o conforto e o direito das famílias que visitam os túmulos num ato de lembrança e respeito eterno.
2 - A população paraguaçuense tem se perguntado sobre o futuro do grande lago. Uma grande polêmica foi gerada assim que a imprensa noticiou que o espelho do grande lago será menor que o que era e assim talvez o lazer, a diversão poderiam ficar restritos. Já, o promotor de justiça diz que apesar do espelho d'água diminuir, o projeto do DAEE, Departamento de Água e Energia Elétrica manterá o lazer e diversão no espaço. O prefeito atual, Ediney Taveira Queiroz entrou com um pedido de liminar solicitando a paralisação das obras para que seja recalculado o espelho d'água. Você, como prefeito de Paraguaçu Paulista manteria as decisões tomadas na época da assinatura do convênio entre DAEE, Sabesp e prefeitura ou tentaria na justiça a mudança do espelho d'água como vem fazendo o atual prefeito?
R: O caso do balneário vem se arrastando desde que se rompeu, desde 2007, então é uma histório pouco conhecida, em relação ao encontro de uma solução conciliatória, debates sucessivos ocorreram, mas sem sucesso, enquanto isso outros municípios que não ostentam o titulo de Estância exploram seus recursos naturais, sem a pretensão de ser maiores ou menores. As informações repassadas para a população que é a principal interessada, são as mais desencontradas possíveis, deixando todos na expectativa de qual será o próximo capitulo dessa novela, pois temos informações de que a prefeitura não pediu ainda o cancelamento de sua ação junto ao Ministério Público, mas pelas noticias, parece que a solução foi encontrada, conforme entrevista dada a essa emissora na terça-feira, espero que nossa população possa em breve usufruir de nosso grande Lago aos finais de semana, com suas famílias, amigos de outras cidades, de sua área de lazer preferida e mais econômica, devidamente estruturada, organizada e com segurança. É um caso que envolve jurisprudência um tanto complexa, e como tal deve ser minuciosamente estudada e ficamos aguardando o seu desenlace de forma que beneficie a toda a população. Feitas essas considerações, quero enfatizar a importância do empreendimento na geração de emprego e renda para o desenvolvimento, lazer e turismo de Paraguaçu, mas infelizmente sinto que os donos das propriedades localizadas ali nas zonas lindeiras foram prejudicados, pois além de terem parte de suas terras desapropriadas, ainda sofreram as restrições de uso de suas propriedades para o acesso ao lago, impedindo de construir empreendimentos turísticos que contemplariam seus esforços e investimentos que beneficiariam ainda mais nossa cidade, pois isso seria um ótimo exemplo de trabalho em conjunto do poder público com a iniciativa privada.
3 - Os professores da rede municipal sempre reclamam com a falta de incentivo aos professores, piso salarial e plano de carreira. Quais serão seus planos para a Educação?
R: Primeiramente gostaria de dizer que sou filha de professores, meu pai foi diretor do primeiro grupo escolar de Paraguaçu Paulista, alfabetizou todos os netos nas férias escolares, minha mãe lecionava na escola primária e tenho ao meu lado como candidato a vice prefeito um professor também, o professor Brás, portanto eu nem preciso reforçar o quanto respeito, quanto os trato e tratarei com amor e consideração como eles devem ter. Nós vamos implantar o plano municipal de educação, hoje 56% dos municípios do estado possuem plano municipal de educação e Paraguaçu não está entre eles. O plano municipal de educação é de total responsabilidade da prefeitura, porém deverá ser elaborado por professores, sociedade, comissões, isto é, democrática para com o interesse de todos e as metas tem que ser traçadas de forma participativa, definir as melhorias necessárias, medidas que dizem respeito a infraestrutura, assim que ocorre uma troca de governo a nova administração deve diagnosticar os problemas de ensino no nosso município e criar soluções. A pergunta é: o que falta nas escolas? Modelo de gestão. Como o ensino será acompanhado? o próximo passo é criar um modelo de gestão articulado entre as escolas e o departamento de educação do município para que não ocorram desperdícios e mal entendimentos como livros que ficam parados nas escolas, quando essas não sabem qual destino dar a eles. Aqui entra os professores na questão da mobilização, é preciso criar uma proposta consistente, que garanta uma educação de qualidade para os alunos, com transmissão de valores e alfabetização plena, o nosso objetivo é analisar a estrutura da carreira do magistério publico municipal por meio de lei que instituiu o atual plano de carreira e reunir a ação com o intuito de contribuir para renovar a diversidade da realização das políticas de valorização dos docentes, a situação salarial e trabalhista dos docentes constitui-se como fator de estimulo para futuros postulantes a profissão no município. O incentivo aos professores, o primeiro passo é ouvir as reivindicações dos envolvidos no processo, condições humanas e físicas, incluindo locais de trabalho, formação continuada, mecanismo cronológico de reposição salarial, motivação, participação de decisões pela comunidade atendida. Hoje existe uma defasagem na área de 20% do salário dos professores de Paraguaçu com relação as cidades adjacentes da região, trabalhar em prol da melhoria do salário junto a classe é de suma importância para uma gestão de confiança, proporcionando assim um maior fator motivacional, atualmente o piso do salário do professor municipal é de R$1.279,15, mais adicional de 25% para universitários, pago para alguns, para outros não, inclusive existe casos de professores que estão na justiça pois são licenciados em pedagogia e não recebem esse abono, em contrapartida há casos de diretores que não possui os requisitos exigidos por estatuto do magistério, a licenciatura em pedagogia, com habilitação em administração escolar e experiência mínima de três anos de magistério, o que nós queremos é justiça, queremos que todas as pessoas tenham acesso ao plano de carreira justo, humanizado e de acordo com sua competência técnica.
4 - Há quase 6 anos, desenrola-se a construção do frigorífico de ovinos no município. Atualmente, 95% da obra está concluída, no entanto, não pode ser entregue aos ovinocultores porque falta um projeto para a lagoa de tratamento do chorume e o corredor de abate ainda não está pronto. Em Paraguaçu Paulista, a Associação dos Ovinocultores que existe desde 2001 tem cerca de 14 membros e somando os associados da região são mais de 40 que precisam e querem transformar o município em um pólo de abatimento de ovinos. A obra é do governo federal e de acordo com a Associação de Ovinocultores, assim que estivesse funcionando iria gerar emprego porque teria a necessidade de uma frente de trabalho e também impostos. A associação conta que seria uma referencia na região e poderia matar ao menos 100 animais por dia. Qual poderia ser a sua contribuição para o término das obras do matadouro? Você acredita que o matadouro municipal de ovinos seria importante para o município?
R: Paraguaçu passa por uma fase constrangedora de desemprego, a administrar economicamente uma cidade exige um olhar atento e focado em seu potencial e principalmente fazer com que esse potencial seja transformado em atividade, é isso o que esperam de nós, isso se aplica ao projeto do frigorífico, temos muitas linhas de crédito do Banco BNDES e do Ministério de Desenvolvimento Agrário, que podem subsidiar empreendimentos e aquisição de matrizes dos animais para criação dos ovinos. Não há necessidade de tanta demora para terminar a obra e conseguir as licenças de funcionamento da Cesteb, desde 2000 as negociações acontecem, em 2004 o CIVAP firmou convenio com o Ministério de Desenvolvimento Agrário já para agilizar essa questão, em 2007 começou a construção da estrutura física e em 2009 o processo de compra dos equipamentos para instalação final do frigorífico. Se as obras estão paralisadas por falta de licenciamento devemos construir a estação de tratamento de esgoto, pois se trata de um resíduo altamente contaminante e por isso não pode ser ligado diretamente na rede da Sabesp. Vamos dialogar com o CIVAP, Ministério de Desenvolvimento Agrário, a Associação de Ovinocultores do município, a OVIVALE, para que esse empreendimento possa estar colocando para funcionamento e assim toda cadeia produtiva desse segmento, como por exemplo, pequenas industrias de frios, embutidos, a confecção da lã, industria do couro, configurando um excelente arranjo produtivo local, esse assunto é muito importante e economicamente impacta em geração de empregos, plano de receita do município e também da receita que vem de fora, estabelecendo um canal de transporte, agregar uma produção de industria de embutidos, prestação de serviços, linhas de mercadorias ligada a isso, criando maior movimentação de dinheiro e mais empregos, a Cetesb tem todas as instruções para o tratamento da lagoa, devemos pensar sempre em ter mais a geração de emprego e receita para ter uma cidade mais desenvolvida para todos.
5 - O trânsito no centro da cidade é muito conturbado no início do mês. Muitos carros e muito movimento. Isso, lógico, é ótimo para o comércio. No entanto, há muitas reclamações sobre o número de vagas para estacionamento dos carros. Em algumas cidades da região, os municípios adotaram as zonas azul, onde o motorista paga um valor e se evita que o próprio comerciante, dono do estabelecimento, fique estacionado no mesmo local por muito tempo. O senhor pensa em algum tipo de planejamento para esse problema e também seria a favor da implantação da zona azul?
R: Sabemos que o sistema de transito de Paraguaçu precisa ser reformulado, portanto estudar o perfil das pessoas que estão estacionando, identificar terrenos disponíveis para estacionamento, fazer parceria com a Associação Comercial a fim de que o transporte de funcionários seja facilitado para evitar grande fluxo de carros, são medidas ágeis e prontas a ser colocadas na prática. Caso cheguemos junto ao povo de nossa cidade a conclusão de que a zona azul facilitará ainda mais, o valor será acessível, através de um consenso entre os usuários, comerciantes e a prefeitura. Outra opção que nós pensamos e que pode ser muito bem aproveitada são as circulares. Vejamos: Assis possui transporte público regular, porém Assis deve ter em torno de 100 mil habitantes, Paraguaçu tem de 42 a 45 mil, então nossa linha de raciocínio de proporcionalidade, nossa cidade comportaria no mínimo um terço da frota de ônibus que circulam em Assis, isto resolveria o problema do transito local, se estabelecermos uma rota rápida e bem localizada, nosso centro comercial se beneficiará diretamente de um aquecimento e giro financeiro bem mais significante, a inclusão de ciclovias e incentivo para os trabalhadores e proprietários do comércio vai usar o transporte alternativo, isso já está sendo feito em algumas cidades do Brasil e é muito comum em cidades desenvolvidas e bem administradas, também favorece um transito coordenado e sustentável. Outra questão é a necessidade de construir na região central da cidade um estacionamento para bicicletas, pois o cidadão que se dirige ao centro comercial de carro, mesmo com dificuldades encontra lugar para estacionar, o motoqueiro também, e o ciclista por sua vez não possui nenhum ponto reservado para estacionar ou para guarda de sua bicicleta. É infelizmente de nosso conhecimento que o furto de bicicletas em nosso município é grande, devido aos usuários de drogas praticarem tal delito objetivando manter seu vicio, então o cidadão acaba deixando sua bicicleta em local não seguro, nas portas e calçadas das lojas e bancos, porem sem qualquer respaldo de segurança, onde muitas vezes temendo o furto de sua bicicleta é obrigado a deslocar-se do bairro até o centro a pé. Inovar com a criação de estacionamento para bicicletas, deixando um guarda municipal para fazer o controle do estacionamento, identificando o ciclista e sua bicicleta, isso também pode resolver parte do nosso transito em Paraguaçu Paulista. A cidade pode e deve receber alternativas para o transporte, cabe a prefeitura organizá-las, não basta inserir o projeto isoladamente, é necessário complementá-las com a manutenção, ou seja, pintura das faixas de pedestre , limite da ciclovia, os nomes das ruas visíveis, redutores de velocidade, dimensionar projetos segundo as especialidades dos bairros.
6 - Em 1999, foi inaugurado o Centro de Convergência de Paraguaçu e com ele veio a 1ª Festa do Peão que devido as dificuldades financeiras não foi realizada nos anos de 2005 e 2006. A partir do ano de 2007, a festa começou a tomar forma e em 2009 virou Expo Paraguaçu com shows conhecidos nacionalmente. Na sua gestão, você continuará trazendo esses shows renomados e ao mesmo tempo muito caros? Em alguns casos cada show chega a custar de 100 a 500 mil reais. Apesar de Paraguaçu ser Estância Turística, receber a ajuda do governo e apoio das empresas, no final do ano, sempre acaba pagando as contas e por sinal, bem alta. Para realizar a Expo Paraguaçu a prefeitura tem sempre que ajudar. No seu governo a Expo Paraguaçu continuará sendo realizada?
R: É, a realização da Expo Paraguaçu é notória na região, visa o crescimento de Paraguaçu, a questão é como você mesmo disse, a maneira de como é aplicada financeiramente. Não nego que as minhas prioridades para aplicar as verbas são as mais deficitárias, a saúde e educação, por isso a busca por patrocinadores para diminuir os custos e expandir o reconhecimento da feira é fundamental, a feira é sem duvida um campo fértil para investimentos e transações comerciais, como administradora, jamais deverei reter esse atrativo, mas sim trabalhá-lo eficazmente gerando um circulo virtuoso a cidade e colocar nossos comerciantes e empresários de fato dentro da feira, com seus estandes, restaurantes e barracas e não deixar esse espaço para pessoas de fora de nossa cidade, devido ao alto custo das locações dos espaços, enfim, colocar nossa população em primeiro lugar. Tenho como propósito, alem da Expo Paraguaçu, trazer a Expo Gospel, que já acontece em outras cidades e abençoa muitos, temos muitos cristãos em nossa cidade, nossas famílias precisam de opções de lazer mais edificantes, no entanto, a feira é realizada uma vez por ano, e o restante dos meses, a população anseia o lazer e o entretenimento e o turismo de fato, elaborar uma rota complementar de turismo para trabalharmos com todas as regiões e temporadas é a melhor maneira de inserir Paraguaçu Paulista no cenário regional, realizar feiras de artesanatos com nossos artistas locais, doces caseiros, explorar ao máximo nosso potencial turístico, como o turismo rural, ecológico, radical, realização de torneios de skate, aquático, gastronômico, enfim, são pontos excelentes que se interligados farão do município uma verdadeira Estância Turística e ainda mais, não extrapola o orçamento público em um único foco, pois é triste ver que em uma Estância Turística não exista uma empresa que sobreviva exclusivamente do turismo ou trabalhador que consiga sustentar sua família usufruindo desse segmento o qual temos o titulo.
7 - Por que é tão difícil trazer novas fábricas e empresas para Paraguaçu?
R: Primeiro, porque nosso parque industrial engatinha ao invés de andar, a infraestrutura hoje sequer comporta uma grande empresa, um bom gestor público procura executar tarefas, quero ser uma prefeita empreendedora, isto é, sempre vou buscar aumentar as receitas do município, podendo assim realizar mais investimentos em nossa cidade, porém não podemos fazer isso como as empresas privadas, nem é possível criar um novo produto ou serviço e cobrar por isso para aumentar a receita, a solução então é trazer empresas novas para Paraguaçu Paulista, mas isso requer muito cuidado e, é claro, um bom plano, onde devemos levar em conta alguns fatores, o planejamento, estudando e analisando as possibilidades dos segmentos de empresas e industrias que podem ser atraídas, assim temos que avaliar o clima, o solo e outros fatores que ajudarão a vender a imagem de Paraguaçu Paulista. O outro fator considerável é o recurso humano de uma empresa e o apoio que a cidade irá oferecer aos empresários, portanto, é analisado a existência de hospitais, hotéis, áreas de lazer no município, comercio, infraestrutura, empresas buscam sempre cidades que dispõe da infraestrutura necessária, como tratamento de água, estradas e energia elétrica que chegue até as empresas, rede de esgoto, estação rodoviária com ônibus para cidades importantes e outros. No imposto, reversão do valor do ISS é um exemplo, mas é preciso verificar na lei quais as reais possibilidades e cabíveis a serem tomadas, mas devemos criar as oportunidades, trazer os fornecedores das empresas e industrias que já estão alocadas no município, observar o mercado, analisar sempre as tendências do mercado financeiro, estar a par de quais setores estão se retraindo e que estão se desenvolvendo, cuidar da cidade para Paraguaçu ficar cada vez mais atrativa e conseguir trazer o interesse de novas empresas, precisamos sempre cuidar da estética de nossa cidade, pois ninguém gosta de uma cidade que esteja visivelmente descuidada, pouco arborizada e suja, portanto, cuidar de Paraguaçu é de extrema importância. Se o poder público não criar os meios necessários, nenhuma empresa irá se instalar aqui em Paraguaçu. Ora, nós não estamos isolados, o que falta é infraestrutura, pois Paraguaçu Paulista fica no meio de várias cidades de porte médio, Marília, Bauru, Ourinhos, Presidente Prudente, Londrina, todas servidas pela nossa malha viária, outra situação, se mesmo com a infraestrutura disponível, nenhuma grande empresa se instalar em Paraguaçu, dentre os cidadãos locais existem vários empreendedores e só falta um empurrãozinho para deslocarem no mundo empresarial, ai a incubadora de empresa, projeto do PSC, identificará vários empreendedores por meios dos mecanismos e infraestrutura lançados pelo poder publico dentro de quatro anos de governo, teremos uma nova realidade de empresas e empregos em Paraguaçu Paulista. É simples pensar, se tivermos uma empresa com 10 empregados e colocarmos ela na incubadora de empresas e ela dobrar sua produção, no ano seguinte terá 20 empregados, terceiro ano 30 e quarto ano 40 funcionários ou mais, quem ganha com isso é o cidadão, que tem nova oportunidade de emprego, empresário e município, portanto vontade política faz a diferença, o PSC irá fazer a diferença.
8 - A saúde está em colapso em todo o país, principalmente pela falta de médicos. Em Paraguaçu, a falta de médico também é um problema. No último concurso, além da baixa procura, algumas especialidades não tiveram nem inscritos. O que você pretende fazer se eleito para mudar essa realidade?
R: A saúde é uma questão muito complexa, não podemos responsabilizar sua deficiência apenas pela falta de médicos especialistas, o problema é muito maior, primeiro temos que reorganizar nossa atenção básica que é composta por unidades de saúde da família, unidades básicas de saúde, centro de saúde, Caps, saúde mental e pronto socorro, temos que verificar a quantidade de famílias cadastradas em cada unidade de saúde da família e também nas unidades básicas de saúde para que todos tenham acesso rápido ao atendimento, planejar novas unidades nos bairros da cidade, novas equipes, médicos, agentes comunitários, enfermeiros, auxiliares, técnicos de enfermagem, recepcionistas, rever com urgência a questão do agendamento desses postinhos, temos que pensar que não temos hora para adoecer, portanto agendar uma consulta para daqui 15 a 20 dias é inadmissível, a pessoa é orientada a procurar o pronto socorro, chega lá ela é encaminhada de volta para o bairro sem atendimento. O problema é apenas as especialidades médicas? Não, para a população o que importa é o seu direito de ser atendida no momento que ela mais precisa, ter o seu medicamento o mais rápido possível, uma infecção urinária, uma pneumonia não pode esperar, esses são pequenos exemplos que dou, um pedido de exames as vezes demora um mês para ser liberado porque falta papel, sabemos que a pura verdade é que isto é para controlar os gastos com exames. Está certo? O problema é apenas médicos especialistas? Uma única farmácia para entregar medicamentos para todo município, e como fica Conceição, Roseta, Sapezal? Porque não descentralizar a entrega de medicamentos, porém isso também não pode ser realizado hoje, porque é necessária a presença do farmacêutico e por termos medicamentos manipulados, o problema não é apenas médicos especialistas, a prevenção todos sabem é o melhor remédio, a adoção de práticas saudáveis em n úmero de equipes adequadas para atendimento a população paraguaçuense vai gerar qualidade de vida a todos, implantar acolhimento em todas as unidades de saúde para que o funcionário responsável ouça as necessidades das pessoas, resolva o seu problema e o cidadão saia de lá satisfeito, isto é humanizar o atendimento e dar qualidade de vida a todos, além de tudo o que importa é a qualificação profissional, a educação continuada do servidor e um plano de carreira a todo o funcionalismo publico que motiva cada vez mais a cuidar das pessoas de Paraguaçu, agora, quanto aos médicos especialistas, houve um concurso tempestivo nas vésperas do período eleitoral, sem a devida divulgação, a falta de incentivo a excelência profissional no Departamento de Saúde, com privilégio para alguns, postos de chefia considerando apenas apadrinhamento político e não competência profissional, muitos profissionais nem moram na cidade, pretendo incentivar a fixação dos profissionais em Paraguaçu pois sem duvida a população merece muito mais, muitas vezes a solução é simples, humanização, gerenciamento profissional, competência técnica, e o povo de Paraguaçu agradece. Trazer novos especialistas como vascular, endocrinologista, aumentar o atendimento do urologista, ortopedista, cardiologista e outros tão importantes a saúde dos nossos cidadãos é um dever do administrador público.
9- O Pronto Socorro Municipal é um grande problema em todos os municípios e Paraguaçu Paulista não seria diferente. Você tem planos no seu governo para o Pronto Socorro.
R: o atendimento da urgência e emergência é de responsabilidade do município, podendo ser realizado através de convenio com a Santa Casa, o nosso hospital, o que é o nosso caso, o que acontece mais especificamente em nossa cidade é que não temos atendimento medico o dia todo nas unidades de saúde, fazendo então que a população se dirija ao pronto socorro para problemas que poderiam ser resolvidos nas próprias unidades, se tivesse um médico presente, é claro, isto acaba sobrecarregando o pronto socorro, pois a cidade inteira tem somente esta porta de entrada de urgência para o atendimento médico, sobrecarrega, há filas nas salas de espera e a população se prejudica. O que fazer? Primeiro reorganizar a atenção básica, como já disse anteriormente, rever o numero de famílias por unidade de saúde da família, e se precisar ampliar para mais equipes dou uma maior retaguarda para o atendimento dos bairros, realizando os exames que forem necessários, laboratórios e radiológicos, desafogando o pronto socorro, pois muitas pessoas também procuram o pronto socorro para realização de exames, já que o acesso aos exames nas unidades de saúde é muito demorado, temos conhecimento que atualmente o pronto socorro está terceirizado para uma equipe médica de fora, precisamos ter mais detalhes para uma melhor tomada de decisão, tempo desse contrato, o que ele engloba, a gente não tem acesso a esses detalhes, o ideal e o que quero para a população de Paraguaçu é o atendimento no pronto socorro com equipe médica e de enfermagem qualificada, para que todos tenham atendimento digno, capacitação e atendimento as emergências cardíacas e traumatológicas, eficiência, equipe de enfermagem compatível com o numero de médicos, incluir um pediatra também a essa equipe, isto seria uma decisão que teria que ser avaliada, haja visto que temos aí o inicio do funcionamento da UPA, uma unidade de pronto atendimento 24 horas que também deverá ter em sua equipe um pediatra e um clinico geral e conta aproximadamente com 150 atendimentos no dia. O problema? Sendo a UPA um estabelecimento de saúde de complexidade intermediária entre as unidades básicas de saúde, programa de saúde da família e rede hospitalar, está localizada em local totalmente inadequado para o acesso de toda a população paraguaçuense, uma vez que em nossa cidade nem sequer transporte público existe, lembrando que os moradores da Barra Funda, o bairro mais populoso de nossa cidade há anos clama por um pronto atendimento 24 horas no bairro, pois já sendo o pronto socorro num local distante, a UPA ficará mais longe ainda e não só deles, mas da grande maioria dos bairros carentes de Paraguaçu, o que é uma prova do despreparo e da falta de dialogo entre a atual administração e a população de nossa cidade.
10- De que forma você contribuiu para o município nos últimos anos?
R:iniciei minha carreira profissional como enfermeira nas unidades de saúde de Paraguaçu em 1989, em 1997 fui secretária municipal de saúde, fiz o projeto para implantar a primeira unidade de saúde da família, localizada na Barra Funda, auxiliei na implantação dos postos de saúde da Vila Nova, Sapezal e Conceição, também colaborei para o dimensionamento de pessoal para o funcionamento do hospital regional de Assis, fui responsável pela realização de duas conferencias municipais de saúde, nos anos de 1997 e 2006, bem como a confecção do plano municipal de saúde do ano de 1989 e de 2006 a 2009, como diretora regional de saúde até 2003 pude ajudar o município na liberação de diversas verbas na área da saúde, implantei o serviço de urgência de neuro cirurgia no hospital regional de Assis, em parceria com o CIVAP, e também o funcionamento da UTI móvel para toda a região, incluindo Paraguaçu Paulista, realizei um trabalho pioneiro no estado na redução da mortalidade infantil, na direção regional de saúde de Assis, incluindo Paraguaçu paulista, fui vereadora de 2004 a 2008, presidi a Câmara nos anos de 2007 e 2008, neste período pude contribuir para aprovar leis e projetos que beneficiaram a população, bem como indiquei inúmeras sugestões para melhoria de Paraguaçu, consegui recursos financeiros para aquisição de aparelho de ultrassonografia para a Santa Casa de Paraguaçu, fui autora do projeto legislativo que criou o premio para a mulher empreendedora, incentivando a capacidade feminina para empreendedorismo, realizamos o primeiro fórum regional sobre a violência, em parceria com a OAB CIVAP, o que resultou na criação da Ong Para Paz, atuando nos projetos pela paz na escola Alexandrina Penna, na Barra Funda, em parceria com o Ministério Público, fizemos informativos sobre a venda de bebidas alcoólicas para menores, em parceria com a Associação Comercial, efetuamos uma reclamação ao Ministério público em 2010 após os inúmeros incêndios ocorridos no município, o que resultou em acordo com a Sabesp, o que resultou na implantação de hidrantes no município, fui administradora da Santa Casa e consegui na época junto a provedoria recursos para doação de cimento, para doação de materiais para reforma do piso do hospital, rampa do pronto socorro e parte do centro cirúrgico, implantei um grupo de voluntários no hospital, onde consegui muitos recursos na área de alimentos, roupas de cama e também fui a grande incentivadora do Grupo Risocontagia que existe até hoje.
11- Como você acredita que deve ser escolhido os diretores de departamentos, politicamente ou por competência?
R: Por muito tempo trabalhei com gestão de pessoas e graças a Deus obtive sucesso em minhas escolhas porque sempre me norteei por buscar o melhor de cada profissional que me acompanhou, vejo que a questão política está fora de cogitação, não só a competência, mas a seriedade e o profissionalismo agregam ao funcionalismo publico o reconhecimento de nossa administração e da própria população, respeitarei a formação e o conhecimento técnico de cada um nas áreas especificas para que realmente haja o desenvolvimento no município, com pessoas capacitadas, e sabemos que em Paraguaçu temos pessoas com perfil e alta competência para os 15 departamentos da prefeitura, valorizaremos os profissionais da cidade, valorizaremos os profissionais já existentes dentro da prefeitura, nós do Partido Social Cristão estamos independente nessa eleição e portanto temos a liberdade de escolher os profissionais paraguaçuenses realmente competentes para cada cargo.
Equipe Marconi responsável pela entrevista, candidato a vice, Bras, Fábio Santos, Márcia e Bruna Fernandes