Homem agride ex-companheira e amiga em adega na Vila Ribeiro, em Assis

Por volta das 6h deste domingo, 29 de setembro, uma jovem de 19 anos e sua amiga, de 17 anos, foram brutalmente agredidas por um homem de 21 anos em uma adega localizada na Vila Ribeiro, em Assis. Segundo o boletim de ocorrência, a jovem relatou que manteve um relacionamento de cerca de oito anos com o agressor, marcado por idas e vindas devido ao comportamento violento do rapaz. A relação teria terminado há cerca de um mês a pedido da jovem, com quem o acusado tem uma filha de dois anos e meio.

De acordo com a vítima, na manhã do ataque, ela estava na adega acompanhada da amiga quando avistou o ex-companheiro. Sem aviso, ele jogou uma latinha contra seu rosto e passou a desferir diversos socos e chutes, derrubando-a no chão. A jovem conseguiu se desvencilhar e fugiu para a casa de uma amiga nas proximidades.

Alguns minutos depois, ao sair da residência para procurar um carro de aplicativo e voltar para casa, a jovem foi novamente atacada pelo ex-companheiro, que chegou em uma motocicleta e a agrediu com mais socos, a prensando contra um portão. A vítima sofreu um corte na cabeça e começou a sangrar.

Ao tentar defender a amiga, a adolescente de 17 anos também foi agredida com diversos socos, desmaiando no local. Segundo o boletim de ocorrência, mesmo desacordada, o agressor continuou a golpear a adolescente. Três conhecidos da jovem chegaram ao local e conseguiram conter o homem, permitindo que as vítimas fossem socorridas.

Ambas foram levadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Assis com ferimentos. A adolescente, que estava inconsciente, permaneceu em observação por cerca de oito horas, enquanto a jovem de 19 anos ficou em observação por seis horas e foi orientada a realizar exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

Em entrevista ao Portal AssisCity, a mãe da jovem, Silmara Ferrari, expressou sua indignação com o fato de o agressor não ter sido preso. "Eu acabei de receber uma ligação dizendo que ele não vai preso. Isso não está certo. Minha filha chegou toda machucada e ele só vai ser intimado. Só vão prender ele quando ele matar ela? Para que serve o flagrante então?", desabafou.

Segundo Silmara, sua maior preocupação é de que o acusado volte para agredir sua filha novamente. "Se ele continuar solto, ele vai ir atrás da minha filha para terminar o que ele começou. Para que que serve o flagrante então? Minha filha fez boletim de ocorrência assim que saiu da UPA, não tinha dado nem 12 horas do ocorrido, e o agressor está aí, solto, andando pelas ruas. Eu quero justiça, isso não pode ficar assim", disse.

O Portal AssisCity entrou em contato com a Dra. Raquel Santos de Oliveira, delegada responsável Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Assis, que informou que um inquérito já foi instaurado para apurar o caso. "Os fatos se deram no final de semana e hoje, segunda-feira, já instaurei um inquérito policial para apurar os fatos. O próximo passo é ouvir a segunda vítima, após isso serão ouvidas as testemunhas e em seguida o autor", disse.

O Portal AssisCity segue acompanhando o caso.