A falência da campanha eleitoral brasileira

Se já não bastasse ao povo brasileiro estar vivenciando ao longos dos últimos anos cenário de disputas e ameaças na esfera política, o que vimos neste final de semana foi, no mínimo, estarrecedor.

Que toda campanha eleitoral provoca os mais exaltados já sabemos, que a fake news é corrosiva também. Que o desrespeito e o ato de lavar roupa suja são armas baratas dos medíocres que se candidatam e daqueles que os apoiam também deixaram de ser novidade.

Porém, quando vemos dois candidatos se preparando para representar a maior cidade da América do Sul, além de ser uma das maiores do globo, se degladiando com ferocidade bestial, é hora de perguntar: que país é este? Que mundo estamos vivendo?

Quais valores e referências estão sustentando os comportamentos das pessoas?

O espetáculo deprimente, ato que ao meu ver afronta o processo democrático de direito, revela o primitivismo, a omissão e a indiferença das bases que deveriam construir nosso país.

O teatro pastelão presenciado foi um tapa na cara dos brasileiros que lutam por melhores condições de saúde, moradia, educação e transporte.

Há um mar de podridão e de mau cheiro vindo de instituições que deveriam regrar a sociedade, passar integridade e respeito.

Pura ilusão. Há memes, deboches, risos e ao final salve-se quem puder.

A espécie humana corre risco. Com esses

comportamentos medíocres, ela revela sua pequenez e insignificancia quando interesses individuais sobressaiam os coletivos.

Quisá um dia esse jogo mude. Que a sensatez e a coerência ocupem largo espaço na mente das pessoas também conhecidas como animais racionais.