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Evento universitário é tema de discussão de vereadores na Câmara; prefeito não estava em Assis diz vereador

Redação Assiscity.com

  • 19/11/13
  • 06:00
  • Atualizado há 582 semanas

O antigo Inter Unesp, jogos universitários entre alunos/atletas da Unesp de todo o Estado, que a partir de 2013 passou a agregar o nome da cidade-sede e, este ano, foi denominado Inter Assis, foi tema de comentários de vários vereadores na Câmara Municipal de Assis, durante a sessão da noite desta segunda-feira, 18 de novembro. O evento universitário é considerado o maior do país e, segundo os organizadores, reuniu 2.000 atletas além de atrair mais 8.000 pessoas para acompanharem os jogos de 12 modalidades e as festas.

Reinaldo Nunes esclareceu que a Câmara Municipal não foi consultada para que o prefeito Ricardo Pinheiro Santana autorizasse a cidade a receber os jogos, com a Autarquia de Esportes cedendo ginásios e o estádio Marcelino de Souza, a secretaria municipal da Educação e Diretoria de Ensino, dirigida pelo pai do prefeito, Cleomenes José Santana, fornecendo escolas para servirem de alojamento para os atletas. "Cobra-se quais as condições que foram entregue aos visitantes e como foi a condição de devolução para o Município e Estado. Houve denúncias de abusos, exagero e de uma situação lastimável. Queremos saber como foi a devolução do ginásio 'Jairão', do Estadio 'Marcelino de Souza', como foi entregue à municipalidade. Esse é nosso compromisso de vereador, de zelar pelo patrimônio público", enfatizou.

De acordo com o petista, a responsabilidade de permissão do uso dos prédios públicos para o Inter Assis 2013 é do prefeito, não foi encaminhado nenhum projeto à Câmara. "Legalmente é possível o prefeito tomar a decisão sem consultar a Câmara, mas é importante salientar que cabe ele responder pelos excessos e abusos", advertiu.

O vereador Alexandre Cachorrão disse ter sido informado que janelas, portas e vitrôs de escolas quebrados. "Conversei com os secretários de Governo e da Fazenda, que estarão em contato com comissões e Atléticas da Unesp para ressarcir eventuais danos e torço para que aconteça, de fato, o ressarcimento porque, se não, haverá gasto do dinheiro público para repor os estragos", comentou.

Arlindo Alves opinou que houve falta de organização e de respeito, com o despejo de dejetos dos banheiros químicos e Eduardo Camargo emendou que o esgoto foi despejado "in natura" em um córrego, sem tratamento.

EXCESSO DE SOM

Reinaldo retomou a fala dizendo que cabe à Câmara considerar o excesso do som nos locais de concentração. "Falta fiscalização e um pouco de inteligência. Em outro evento anterior, na Ficar, o som e palco ficaram virado para zona rural, não houve tantos problemas para cidade. Se houve exagero de som, caberia à PM a fiscalização e autuação, assim como o comportamento antissocial daqueles que cometeram excesso. A Prefeitura tem a responsabilidade pela cessão dos espaços municipais, a Diretoria de Ensino pelo fornecimento dos prédios estaduais, a PM de fiscalizar e autuar, e à Câmara cabe zelar pelos interesses dos munícipes. O comércio pode ter tido algum ganho, mas não podemos deixar de explicar à população o que cabe a cada órgão", enfatizou.

O vereador Thiago Hernandes considerou que há aspectos positivos em segmentos e negativos em outros com o evento. "Eu e o vereador Cristiano Santilli sintetizamos o que recebemos de reclamações da população, pessoalmente e pela internet (email/facebook) e questionaremos o Poder Executivo por ofício se houve ou não aumento na demanda do Pronto Socorro Municipal. Sabemos que houve, mas para formalização fizemos requerimento para informar àqueles que nos questionaram. Longe de discurso moralista, apenas atendendo aos anseios dos munícipes que nos procuraram", esclareceu.

PREFEITO ESTAVA FORA DA CIDADE

O vereador João da Silva Filha (Timba) também fez comentários sobre o assunto. "Foi um caos o fim de semana, principalmente para crianças e pessoas idosas suportar o barulho na Vila Gloria, Vila Progresso, Jardim Paraná e os mais próximos. Recebi mais de 18 ligações, fiz contato com a PM e soube que foi autorizado pela Prefeitura, com Alvará, o evento até as 6h e por isso, a polícia estava atada, não podia fazer nada. Mais de 150 ligações foram feitas à PM sobre som exagerado das 2h às 5h. Sábado liguei para o prefeito durante o dia, ele não estava na cidade e, por isso, relatei a ele o ocorrido e o prefeito me garantiu que conversaria com o comandante Franco, da Polícia Militar, para não ter barulho naquela noite, mas foi pior. Houve pessoas me procurando porque tinha que viajar no outro dia e ligou chorando por estar há duas noites sem dormir. Sugiro ao presidente da Câmara que faça requerimento à Polícia Militar para que oficie o número de ligações de perturbação de sossego nas noites do Inter Assis. Pedimos ao prefeito municipal, que não estava presente e não foi incomodado pelo barulho, que seja mais sensível para que em evento desta envergadura, que ouça os vereadores ou até mesmo faça uma audiência pública. Soube que no Jardim Paraná havia pessoas desmaiadas pelo consumo de álcool em excesso e também que uma das rotatórias da Avenida Dom Antonio, pessoas fizeram buraco para fazer suas necessidades. O prefeito precisa ficar mais na cidade e acompanhar o que está acontecendo aqui porque a população está ficando impaciente pela falta de obras de execução que beneficiam a todos os assisenses", finalizou.

Vereador Português foi um dos que falou sobre o assunto

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