Entidades sindicais de Assis realizam ato em homenagem ao dia dos Trabalhadores
Os responsáveis fizeram discursos ressaltando os direitos da classe trabalhadora
Neste sábado, 1º de Maio, entidades sindicais e partidos ligados às causas dos trabalhadores realizaram um ato na praça em frente à Catedral "para lembrar a história das conquistas da classe trabalhadora e protestar contra as políticas dos atuais governantes que são claramente contra a classe trabalhadora", disse um dos organizadores.
Em razão das medidas de segurança necessárias para evitar a propagação do Covid-19 o ato limitou-se apenas à participação de representantes das entidades organizadoras que fizeram discursos ressaltando "os ataques sofridos pelas várias categorias de trabalhadores pela retirada de direitos conquistados a duras penas. Se nada for feito, daqui a pouco estaremos todos trabalhando 16 horas por dia, como era antigamente, sem direito a nada", numa alusão à jornada de trabalho "existente em 1886, quando ocorreu o levante de milhares de trabalhadores contra a opressão e que apresentou ao mundo a data que hoje é símbolo do movimento dos trabalhadores por boas condições de trabalho".
"Se depender dos patrões arrancam até o nosso pelo para não abrir mão de nossos lucros. Trabalhamos muito e recebemos pouco: Construímos escolas onde nossos filhos não podem estudar; Construímos casas onde nunca moraremos, Montamos carros, como esses ai de mais de 150 mil, que nós não conseguimos comprar, mas que muitos deles foram comprados com o lucro tirado de nosso suor", discursou outro orador, referindo-se no final de sua fala a algumas camionetes (e caminhões) que passavam pela avenida participando de uma carreata em apoio ao governo Bolsonaro.
Um grupo de manifestantes, enquanto as lideranças diziam suas mensagens e palavras de ordem, colocava cruzes no monumento com o busto do Monsenhor David Corso, em "protesto pelas mortes dos mais de 400.000 cidadãos vitimados por complicações da covid, cidadãos esses que também eram trabalhadores, geradores de riquezas, muito mortos pela incompetência do governo em administrar a crise da pandemia", justificou um ativista.
O sr. Nilson Silva, Diretor da APEOESP sub sede de Assis (Sindicato dos Professores), leu o documento "Democracia, Emprego e Vacina para todos" que repudia "as reformas da Previdência e Trabalhista" e denuncia a "maquiagem de trabalhadores "desempregados" em empreendedores", o documento termina pedindo: Manutenção dos empregos e dos direitos trabalhistas ; Aumento real dos salários e Melhores condições de saúde. Pedem ainda "vacina para todos e uma política que garanta a vida".
Além da APEOESP assinam o documento: Sindicato dos Bancários de Assis; Sindicato dos Comerciários de Assis; Sindicatos dos Servidores Municipais de Assis e SindSaúde sub-sede de Marília.
Outras organizações que participaram do ato trabalhista são: Unidade Classista, LPS de Assis e PCB e PT de Assis.
O ato foi encerrado com uma homenagem aos trabalhadores da saúde e a realização de um minuto de silêncio em respeito aos mortos vítimas do Covid-19.