Adolescente morre com sangramento no cérebro após briga com sogra em Paraguaçu Paulista
Segundo a mãe, Yasmin estava morando com o namorado contra a sua vontade
Nesta sexta-feira, 12 de janeiro, a jovem Yasmyn Eduarda da Silva Branco, de 17 anos, morreu vítima de um sangramento no cérebro, após brigar com a sogra, em Paraguaçu Paulista.
Segundo a mãe, Mayara Silva, Yasmyn havia ido morar com o namorado recentemente, contra a sua vontade. "Ela colocou minha filha dentro da casa dela, e no dia 3 de janeiro, bateu em minha filha a ponto de matá-la. Ela vai pagar por essa tragédia que fez com a minha família", alegou a mãe.
Os fatos
Segundo Mayara, há um ano, Yasmyn havia iniciado o namoro. Ela estava muito apaixonada, por ser seu primeiro relacionamento. "Ela morava no sítio com a minha mãe, era apaixonada por cavalos, disputava prova dos três tambores e iria tirar habilitação. Mas, em setembro, um dia ela foi para a escola, de van, e não voltou mais", explicou.
A partir desse dia, Yasmyn foi morar com a família do namorado e, segundo a mãe, entrou com um processo no conselho tutelar para trazer a filha de volta para casa. "O problema é que, por ela ter 17 anos, eles alegaram que ela tinha vontade própria já e que não queria voltar a morar com a avó. Então ficamos de mãos atadas. Eu fui até a casa da sogra dela pedir para ela voltar, mas foi em vão".
Briga e agressões
Yasmyn continuou morando com a sogra e no ano novo, a jovem e seu namorado decidiram passar o ano-novo na casa de uma cunhada, em Paraguaçu Paulista.
"Essa cunhada não tem contato com a sogra de Yasmyn , então eles foram escondidos para a casa dela. Ao retornarem, na terça-feira, 3 de janeiro, a mãe do namorado da minha filha ficou brava por terem ido para lá, e começou a bater no rapaz. Nesse momento, minha filha entrou no meio para defendê-lo e então começou a briga", explicou Mayara.
O namorado de Yasmyn contou para Mayara que, quando a jovem entrou na briga, o pai do rapaz deu um mata-leão nele, prendendo-o no chão, e neste momento sua mãe começou a bater na menina. "Ela pegou minha filha pelas costas e começou a bater nela. Não sabemos direito o que aconteceu, mas em algum momento Yasmyn foi atingida na cabeça".
Sequelas e internação
Após o ocorrido, Yasmyn e o namorado foram procurar abrigo na casa da cunhada e entraram em contato com a família da jovem, contando o que havia acontecido. "Neste momento, pegamos ela e levamos direto para a Delegacia de Paraguaçu, e registramos o boletim de ocorrência, como lesão corporal. Ela foi até o Instituto Médico Legal de Assis (IML) e realizou o exame de corpo delito, onde relatou aos médicos que havia sido golpeada na cabeça".
Yasmyn voltou para a casa da cunhada com o namorado, e sua família voltou com os processos jurídicos para trazê-la de volta para a casa da avó. Mas, quando foi domingo, 6 de janeiro, a jovem passou mal pela primeira vez.
"Peguei ela e levei para o Pronto Socorro. Ela reclamava de visão turva, vontade de vomitar e estava com os olhos inchados. Quando chegamos no hospital, fizeram um raio-x e não identificaram nenhuma lesão. Ela tomou um medicamento e foi liberada".
Dois dias após isso, o namorado de Yasmyn ligou para a família da menina e afirmou que ela estava muito mal, falando coisas sem sentido, vomitando e muito pálida. "Meu irmão foi até essa casa e buscou ela, levamos para o Pronto Socorro e ela precisou ser entubada. Depois disso, minha filha foi transferida para UTI do Hospital Regional de Assis e nesta madrugada me deixou", relatou Mayara.
Causa da morte
Mayara afirmou que a menina estava com um sangramento no cérebro, e na UTI, descobriram que ela estava com alterações graves no sangue. Suas plaquetas estavam baixas e tinha alterações na pressão arterial.
"Nós não podemos afirmar o que ela estava passando nesse tempo que ficou fora, mas a realidade é que minha filha já estava doente. Essa mulher estava deixando minha filha morrer aos poucos, tirou ela de casa, saudável e feliz, para matar ela", desabafou.
Yasmyn precisaria ser encaminhada para Marília, para fazer os exames e descobrir o que era essa alteração no sangue, porém por seu estado de saúde não poderia ser transferida. Além disso, precisava passar por uma cirurgia, para drenar o sangue de seu cérebro. "Ela não pode realizar a cirurgia, pois os médicos disseram que ela não resistiria".
Justiça
Segundo Mayara, na manhã desta sexta-feira, 12, a avó de Yasmin está na Central de Polícia Judiciária de Assis, para registro de novo boletim de ocorrência, devido à morte da jovem.
"Essa mulher precisa pagar pelo que fez com a minha filha, queremos justiça. O corpo dela está no IML, para exame necroscópico, e a partir disso, essa mulher vai ter que pagar por seus atos", finalizou.
Yasmyn deixa a mãe Mayara Silva, os irmãos Laura e Luís Miguel, os avós Roseli Claudino de Torre e Luis Henrique Pereira.
Ainda não há informações de velório e sepultamento.
O Portal AssisCity tentou contato com a família do namorado de Yasmyn, mas até a publicação desta, não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.