1º Prêmio Vozes da Cultura marca história na arte assisense
Premiação correu no Teatro Municipal em formato de live
Um ciclo iniciado logo no início da pandemia, que colocou Assis entre as primeiras cidades do país a lançar um edital emergencial para o auxílio aos artistas locais, chegou ao seu fim na última quinta-feira (04) com a realização do 1º Prêmio Vozes da Cultura, um marco para a produção artística de Assis.
A premiação distribuiu oito prêmios em diversas categorias, reuniu artistas de diferentes linguagens em apresentações conjuntas, ofereceu um retorno da crítica às obras finalistas e contou com uma série de participações e entradas ao vivo de convidados e artistas premiados.
O início da cerimônia foi dado com uma performance do guitarrista Arthur Bez e seu projeto Grooves & Loops com os dançarinos Caio Nespolo, Julia Borges e Matheus Bocalini, que performaram um número de experimentações sonoras e visuais a partir da canção autoral de Arthur 'ETs A Princípio Estranhos Depois Legais'.
Seguindo, a premiação revelou os finalistas para a categoria "Artes Cênicas", com um vídeo dos três jurados dando suas palavras finais sobre cada obra finalista. Os vencedores da categoria foram Antonio Júnior e Amanda Pessoa, com a peça "Dom Casmurro".
Representando a música sertaneja raiz e fazendo referência ao imaginário popular interiorano, o palco do Teatro Municipal recebeu uma apresentação das Irmãs Jacó, ícones da cultura sertaneja regional, cantando 'Amargurado' de Tião Carreiro.
A premiação seguiu para a segunda categoria a ser revelada na noite, a categoria "Escola de Artes" que premiou a melhor oficina técnico-cultural do Vozes da Cultura em 2020, contando também com um vídeo dos jurados explicando os critérios escolhidos para a escolha do vencedor. O premiado dessa categoria foi o Tico Proença, com o projeto "Batucada na quarentena". Entre os finalistas estavam Rodrigo Fulaneto e Luciano Queiroz.
O circo se fez presente no palco do teatro com uma apresentação do professor da Secretaria de Cultura Mauricio Pereira e sua parceira Jéssica Racanelli, que também trabalha na Secretaria da Cultura há 19 anos, que apresentaram um número de trapézio.
A categoria "Música Autoral" foi a seguinte da noite. Tendo também vídeo dos jurados explicando sobre cada um dos finalistas. Os finalistas eram Horácio Dib, Dedilhadas e Lucas Guido; e o prêmio ficou com o Horácio Dib. O vencedor será premiado com a gravação de uma música no Studio Mac Rybell.
A noite contou também com uma homenagem a um dos maiores artistas da cidade, André Melo. A homenagem ficou por conta de Lucas Guido e Gabriel Lujaro, que ao violão, voz e piano apresentaram duas músicas inéditas que estarão presentes no álbum póstumo de André: 'Negra' e 'A Última Estampa.
Após a homenagem, tivemos uma intervenção do presidente da FEMA, Arildo Almeida, que trouxe uma palavra de incentivo aos artistas e reafirmou a importância do Vozes da Cultura na cidade e da participação da Fema - um dos proponentes da iniciativa - no projeto.
A categoria "Show Musical" foi um verdadeiro show de surpresas. Os jurados da categoria definiram que os três finalistas eram merecedores do prêmio, e cada um deles levou uma menção honrosa do juri: Xathoi, Lucas Guido e Niel Nigga.
Além desta surpresa, a premiação também contou com duas outras categorias especiais: Revelação do Vozes da Cultura, que ficou com a banda Dedilhadas, e também outra Menção Honrosa, que foi para a Célia Regina de Oliveira, a artista Fellina, que abordou a temática da arte e saúde mental.
E por fim, a última categoria da noite, a "Escolha da Audiência". Foram mais de 5.000 votos do público que deram o prêmio a Edivaldo Brussolo Junior e Nydia Maria com o número clown "E Agora, Xozé?", com 578 votos.
Em todas as categorias, a apresentadora Rafa Hamada conversava com os vencedores e entregava o troféu, de forma virtual.
Por fim, a premiação foi encerrada com um vídeo do secretário de cultura de Assis, Emerson e com a última apresentação da noite, um show do Niel Nigga com a ala de compositores da V.O, que percorreu um trajeto do Jardim Santa Clara, na periferia de Assis, até o Teatro Municipal, levando uma palavra de incentivo às crianças "da quebrada" de que o palco do teatro também pode ser ocupado por eles.
Confira: