Universitário assisense faz intercâmbio na Irlanda e desenvolve pesquisa inovadora
Guilherme Boleta realizou pesquisa sobre biocarvão e biomassa em uma empresa da University of Limerick
O universitário assisense Guilherme Henrique Boleta de Andrade, de 24, chegou recentemente de um intercâmbio na Irlanda, conquistado pelo programa Ciências sem Fronteiras. Após ficar um ano e um mês fora do país, o estudante do quarto ano de Engenharia Biotecnológica da UNESP de Assis conta como foi a experiência e sobre sua pesquisa inovadora.
"De junho a agosto de 2015 eu fiz um curso preparatório intensivo de inglês para iniciar os estudos na University of Limerick, na cidade de Limerick, na Irlanda. Após ser aprovado nas provas finais, iniciei então o ano letivo na graduação por dois semestres, onde a maioria das matérias que escolhi eram do curso de Bioquímica Industrial, além de módulos no curso de Engenharia Bioquímica", afirma.
Guilherme participou de um grupo de pesquisadores de diversos lugares do mundo, como Irlanda, Áustria, Espanha, Índia e Brasil. A pesquisa é sobre o processo de desenvolvimento de biocarvão produzido por meio de diferentes tipos de biomassa, que funciona como uma espécie de adubo para plantas.
"A produção do biocarvão envolve um processo de pirólise, com temperaturas diferentes e diversas técnicas de bioprocessos. Após obter o produto final, foi realizada a caracterização e análises dos biocarvões produzidos. O objetivo da produção desses biocarvões é de promover maior desempenho no crescimento vegetal, sem agredir as plantas, e com a vantagem de usar matéria prima biológica. Daí sua possível aplicação na agricultura do país", explica.
Após o fim do ano letivo, Guilherme ainda teve a oportunidade de fazer um estágio profissional na empresa Carbolea Biomass Research Group.
"O nome Carbolea é derivado das palavras carboidrato (carbohydrate) e petróleo (petroleum) e reflete o foco da pesquisa do grupo: produção de produtos químicos e combustíveis análogos aos produzidos com combustíveis fósseis, mas com o diferencial de serem provenientes de matérias-primas de biomassa renovável", conta.
Além das pesquisas acadêmicas, Guilherme também foi convidado para participar de uma campanha com alunos internacionais para divulgação da Universidade.
"Foi mais uma brincadeira do que um trabalho sério, mas foi ótimo ter participado e poder estar entre os alunos escolhidos", diz.
Agora, após retornar ao Brasil, o estudante irá retomar o curso de Engenharia Biotecnológica.
"Ainda faltam dois anos de curso e fiquei muito feliz por ter tido essa oportunidade. Os estudos da pesquisa desenvolvida ainda estão sendo feitos, mas os resultados estão sendo cada vez mais satisfatórios e promissores. Não sei o que vai acontecer após eu me formar, mas fico muito contente por ter as portas abertas na Irlanda", conclui.
Guilherme na University of Limerick, na Irlanda
Guilherme, vestido de preto, na campanha da Universidade
Guilherme Henrique Boleta de Andrade