"Salvar vidas é desafiador", considera a enfermeira Amanda Mailio Santana
Para a enfermeira a "enfermagem é a arte do cuidar
A série Heróis da Pandemia de hoje, do Portal AssisCity em parceria com a Santa Casa de Assis, apresenta mais uma heroína da pandemia da instituição, representando seus profissionais da saúde, do Brasil e de todo o mundo, que estão na linha de frente no combate à COVID-19. São eles que arriscam suas vidas, afastam-se de seus familiares, fazem horas e horas de plantões e vibram quando salvam vidas.
A cândido-motense Amanda Mailio Santana , de 39 anos, formada na UNIP de Assis em 2005, trabalha na Santa Casa de Assis e diz ter "muito orgulho de fazer parte desta instituição", o que realmente deve ser vangloriado, pois muitas vidas foram salvas pelas mãos de equipes dos mais diferentes profissionais da saúde que atuam em conjunto para entregarem um paciente de volta para sua família.
Cada vida salva para Amanda é "desafiador, mas com muito aprendizado, resiliência, redescobrindo a solidariedade. São histórias de sofrimento e de luta, mas também de superação e vitória. Gratidão é a palavra que melhor define a cada vida salva".
Foi exatamente para isso que Amanda escolheu sua profissão: salvar vidas. Sobre isso, a enfermeira diz: "Amo cuidar. São atitudes simples, mas extremamente valorosas. Atitudes que salvam vidas".
Para a enfermeira a "enfermagem é a arte do cuidar, do empenho, da responsabilidade, do conhecimento, da dedicação, da empatia e da ciência. Anjos que cuidam, que trazem esperança e tranquilidade".
A esperança que Amanda tem, mesmo porque jamais imaginou viver uma pandemia, é certa e bem definida: "só espero que isso acabe logo e que quando olharmos para trás, esses dias intensos sejam lembrados apenas como dias de luta, que nos fortaleceram na vitória".
Essas vitórias chegam mesmo com o estado emocional dos profissionais da saúde estar de certa forma comprometido. Afinal, "são muito meses de luta, medo, cansaço, exaustão, ansiedade, mas o sentimento de gratidão prevalece por estarem com saúde, na linha de frente e empenhando-se o tempo todo para a recuperação e cura dos pacientes".
Pacientes que foram vencidos pela COVID-19, em "uma pandemia que primeiro começou com um caso isolado e foi crescendo. De repente, os números começaram a ganhar rostos, nomes, histórias e família, pois perdi um tio muito querido, e saudade".
No caso de Amanda, a saudade do tio que foi vencido. Mas, para ela a profissão representa o cuidado e o amor, e, ao ver mortes, mesmo de pacientes desconhecidos, para ela é "triste demais".
Mas, como boa profissional que é, enfrenta os desafios e diz como é atuar nesse momento: "a pandemia exigiu que nós deixássemos nossos medos de lado, nossa família temporariamente sem o nosso abraço e assumíssemos essa batalha sem mesmo sabermos o que nos esperava, mas com coragem, amor, garra, fé e muita esperança".
Assim como todos, Amanda também enfrenta os desafios "de transformar medos e inseguranças em leveza e esperança".
Casada, mãe das princesas Giovana e Gabriela, Amanda redobra os cuidados e se mostra forte nessa batalha contra a COVID-19. "O convívio familiar tem sido com todos os cuidados redobrados, com muito medo, mas todos os dias em minha oração peço a Deus força e muita saúde para continuar fazendo o que mais amo, que é ajudar o próximo e cuidar da minha família".