Paraguaçu Paulista já registra mais de 600 casos de dengue em 2019
Segundo último balanço divulgado, até o momento já são 844 notificações da doença
O Departamento de Saúde de Paraguaçu Paulista divulgou nesta sexta-feira, 29, um balanço atualizado dos números de casos de dengue no município em 2019.
Segundo a diretora Cristiane Bonfim, já são 844 notificações e 602 casos confirmados até o momento. O número tem alarmado o Poder Público, já que a cidade tem uma população estimada em 45 mil habitantes.
Por conta disso, ações estão sendo realizadas para tentar enfrentar a situação.
"A dengue é um problema de todos nós, cidadãos. Quando tivemos nosso primeiro caso confirmado, há mais de um mês, no Centro da cidade, novos casos começaram a surgir e começou o que chamamos de transmissão. Montamos as salas de hidratação em alguns pontos do município e também no pronto socorro, para que não cheguemos ao que ocorreu em 2015, uma epidemia que lotou o nosso pronto socorro. Tem o trabalho dos agentes, que estão diariamente nebulizando as casas, mas temos que eliminar os criadouros e isso depende de cada um fazendo a sua parte em suas casas. Também estamos atuando em parceria com o Departamento de Educação, que está trabalhando em todas as escolas o tema dengue, o que nos ajuda muito, pois multiplica a informação", enfatizou a diretora de Saúde.
Ela destaca também que a população não pode descuidar pensando que, com a entrada do outono, não há proliferação do mosquito da dengue.
"Pode até haver uma diminuição, mas muito pequena. E a ação é a mesma: ou todos nós abraçamos a causa, ou então vamos caminhar em breve para os 1000 casos de dengue. Por isso eu peço à população para que todos façam a sua parte", diz Cristiane.
O coordenador das ações de controle de vetores do Departamento de Saúde, Josué Campos Sena, informou que mesmo com a mudança de estação os casos de dengue em Paraguaçu Paulista permanecem crescentes.
"Estamos na ascendência ainda. Não começou a diminuir nem a infestação, nem o número de casos de positivos. Estamos com 844 notificações e 602 positivos. É importante a população saber que no outono a proliferação das larvas é mais lenta, mas a infestação continua acontecendo", orientou.
Josué esclareceu ainda que, por menor que seja a infestação, a circulação viral existente no ambiente já é suficiente para manter a transmissão.
"Geralmente, as transmissões não cessam no outono/inverno. É uma transmissão silenciosa, mais lenta. Com a queda de temperatura, começam a ocorrer as doenças das vias respiratórias e as pessoas começam a confundir gripe com dengue, o que começa a nos preocupar. Por isso, a população tem que continuar atenta, continuar eliminando os criadouros, continuar atenta aos sintomas das doenças e, em caso de dúvidas, procurar a unidade de saúde mais próxima da sua casa", finaliza.
Ações de nebulização têm sido feitas para tentar conter os casos de dengue
Cristiane Bonfim, diretora do Departamento de Saúde