Enxaqueca: o que é?
Crianças que já têm dores de cabeça frequentemente podem desenvolver enxaqueca
Se você já teve dores de cabeça ao menos uma vez na vida, saiba que não está sozinho. As estatísticas apontam que cerca de 90% da população mundial já sentiu dores de cabeça ou ainda sentirá em algum momento.
A dor de cabeça é conhecida em termos técnicos como cefaleia, sendo que a classificação de cada tipo varia de acordo com os sintomas e os exames de cada paciente. Um dos tipos mais comuns e que afeta cerca de 30% deste grande grupo é a enxaqueca, também conhecida como migrânea.
O médico neurologista Pedro Medalha Neto, de Assis, explica quem são as pessoas mais atingidas.
"A enxaqueca é um tipo de cefaleia crônica e que também pode ocorrer de forma aguda. Consideramos as crônicas aquelas que acontecem durante um período de seis meses, enquanto as agudas têm duração de horas ou no máximo um mês. Esta doença é mais comum de aparecer em pessoas jovens, especialmente do início da puberdade até os 40 anos de idade", afirma.
Apesar dos sintomas serem um pouco diferentes, a enxaqueca pode começar a dar sinais nas crianças.
"Crianças de 6 ou 7 anos e que já têm dores de cabeça frequentes podem desenvolver enxaqueca também. São aquelas dores que não passam com remédio e fazem com que o paciente procure o pronto atendimento de forma quase que rotineira. Os sintomas, nessa idade, não são tão fortes quanto em adolescentes, jovens e adultos, mas já são um indício de que essa criança pode precisar de um tratamento preventivo e de longo prazo", salienta.
Segundo o médico, casos assim são mais difíceis de acontecerem.
"Apesar de termos casos em crianças, a enxaqueca ocorre mais comumente na puberdade. Consideramos mais difíceis os quadros aparecerem em crianças antes dos 10 anos e em adultos após os 40 anos", reforça.
E quem são os pacientes com mais chances de desenvolverem a doença? Doutor Pedro afirma que as mulheres são mais afetadas que os homens.
"A mulher tem mais enxaqueca que o homem. No meu consultório e também nas pesquisas médicas vemos que elas buscam muito mais tratamento do que eles. Além da população masculina fugir mais dos consultórios, elas têm uma frequência maior da doença. Consideramos que a proporção seja de três mulheres para cada homem", conclui.