Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil: pediatra de Assis explica como diagnóstico precoce ajuda na cura
A cada ano mais de 150 mil crianças são diagnosticadas, segundo OMS
Redação AssisCity
- 23/11/23
- 13:00
- Atualizado há 56 semanas
Nesta quinta-feira, 23 de novembro, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, doença que atinge mais de 150 mil crianças por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a OMS.
Para entender mais sobre a doença e como ela pode ser diagnosticada, o Portal AssisCity conversou com Flávia Pipolo, médica pediatra especializada em Gastroenterologia e Nutrição Pediátrica de Assis.
Segundo a pediatra, existem várias razões para o desenvolvimento de câncer em crianças e, em certos casos, o fator genético desempenha um papel significativo. Além disso, existem alguns tipos de câncer que são mais comuns para essa faixa etária. "As leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas são os tipos de câncer mais frequentes em crianças e adolescentes", explica.
Flávia explica que o pediatra geralmente encontra dificuldades em identificar imediatamente o câncer infanto-juvenil, pois os sinais e sintomas da doença podem se assemelhar aos de outras doenças comuns na infância. "É necessário que haja uma história clínica detalhada e um exame físico minucioso, além de um alto nível de suspeita em relação à doença, para que o médico possa direcionar uma atenção especial a certos sinais e sintomas, possibilitando assim uma identificação mais rápida do câncer", pontua.
Os sinais e sintomas mais comuns de câncer infantil são: nódulos visíveis ou palpáveis, dor ou massa abdominal, perda de peso inexplicada, palidez, fadiga persistente e intensa, manchas arrocheadas ou avermelhadas na pele, febre prolongada de causa não identificada dentre outros.
Estar atento aos sinais e sintomas contribui para um diagnóstico precoce, que segundo Flávia, é um ponto importante para que o câncer possa ser curado. "No Brasil, ainda são encaminhados muitos pacientes aos centros especializados de tratamento quando a doença já está em estágio avançado, o que prejudica a previsão do seu prognóstico. É de extrema importância detectar precocemente a doença, quando os tumores ainda estão em estágio inicial, facilitando um diagnóstico definitivo, um tratamento eficaz e reduzindo as complicações agudas e tardias da doença", conclui.