Suspeito diz à polícia que matou agente de atletas de Palmital por vingança após vítima aliciar seu filho
Empresário era investigado por estelionato em Palmital (SP) e morreu baleado no portão de casa. Trabalhador rural teve a prisão temporária decretada e foi encaminhado para a cadeia de Lutécia (SP)
O trabalhador rural que foi preso nesta quarta-feira (4) suspeito de matar um agente de atletas em Palmital (SP) disse à polícia que cometeu o crime porque suspeitava que vítima estava aliciando seu filho de 10 anos.
De acordo com o registro da Polícia Civil, Odair Donizeti de Oliveira, de 43 anos, fazia um churrasco na garagem da casa de uma tia, na Rua Laudelino Batista da Rocha, quando o criminoso teria se aproveitado de que o portão estava aberto e efetuou os disparos. Odair foi atingido no pescoço e morreu no local.
Segundo a Polícia Civil, o agente de atletas era investigado por estelionato. Além disso, de acordo com o boletim de ocorrência registrado no dia do crime, Odair também constava em registros policiais como investigado por estupro e receptação.
Com isso, segundo o delegado Giovani Bertinatti, o empresário tinha vários desafetos na cidade em razão de sua profissão. Em depoimento à polícia, o suspeito disse que cometeu o crime por vingança.
"Ele já era investigado pela gente aqui de Palmital por estelionato e, dentre esses casos, existem suspeitas de que ele abusava sexualmente dos garotos. Segundo o suspeito, Odair estava procurando o menino, não tinha chegado a cometer nenhum ato sexual, mas estava aliciando o menino", explica o delegado.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito também contou que Odair tinha "mexido" com a sua companheira. Por isso, ele disse que ficou transtornado e que, quando soube que o agente estava naquela casa no domingo, decidiu matá-lo.
Prisão
O delegado informou que, durante as investigações do caso, surgiu a suspeita de que o autor dos disparos fosse um trabalhador rural de Palmital, de 32 anos, e a polícia pediu a prisão dele.
Na quarta-feira (4), os policiais foram até a casa do suspeito e apreenderam o carro e as roupas que ele usava no dia do crime. No local, eles também receberam a informação de que o homem tinha fugido para Marília.
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"Ele foi tão premeditado para cometer o delito que parou o carro algumas ruas abaixo para ninguém ver o veículo próximo ao local do crime, foi correndo a pé, cometeu o delito e voltou", conta o delegado.
Ao saber que tinha sido identificado, segundo o delegado, o suspeito se apresentou à polícia no final da tarde de quarta-feira e confessou o crime. Ele também entregou a arma utilizada para matar o agente.
O trabalhador rural teve a prisão temporária decretada e foi encaminhado para a cadeia de Lutécia. Ele vai ser investigado por homicídio qualificado e porte ilegal de arma, podendo pegar até 34 anos de prisão.