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Professora baleada por namorado morre após dois anos em coma

Redação Paraguacity/Dagmar Marciliano

  • 25/09/10
  • 00:00
  • Atualizado há 744 semanas

Acabou a esperança da família da professora Gláucia Rocha Medeiros, que ficou tetraplégica e entrou em coma em 12 de junho de 2008, uma quinta-feira, aos 30 anos de idade, depois de ter sido baleada pelo ex-namorado Aparecido Onizeti Miguel, de 39, que logo em seguida se matou com um tiro na cabeça.

Gláucia ficou tetraplégica e por muito tempo permaneceu internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Assis. Este ano foi removida para um leito, para que os familiares pudessem lhe fazer companhia. A morte de Gláucia ocorreu às 3h15 de ontem.

Segundo laudo do Instituto Médico Legal de Assis (IML), a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos, assim, não pode haver doação.

O corpo foi transladado pela Funerária São Vicente Prever para o Velório Municipal de Cândido Mota, município onde Gláucia residia. Às quatro horas da madrugada de hoje segue para Pratápolis, em Minas Gerais, onde será velada por parentes e amigos que residem lá, e sepultada em horário ainda não definido.

A TRAGÉDIA - Gláucia foi perseguida e atingida pelo projétil de arma de fogo na rodovia Francisco Gabriel da Mota. Ela dirigia seu Corsa Sedan, branco, sentido Cândido Mota a Nova Alexandria, onde era professora eventual. O carro dela foi interceptado por Aparecido, que seguia em um Corsa Wind, de cor vinho.

Segundo apurado pela Polícia Civil à época, o crime teria acontecido com os dois veículos em movimento. Onizeti emparelhou seu carro ao lado do Corsa de Gláucia e deu um tiro que atingiu o pescoço dela, do lado esquerdo.

Gláucia perdeu o controle da direção e foi para dentro de uma plantação de trigo, ao lado da rodovia. Onizeti também entrou com o carro no local e desceu para verificar o que tinha acontecido. Acreditando que a ex-namorada estava morta, se suicidou com um disparo atrás da orelha direita e morreu na hora. A arma usada foi uma pistola PT 380, que continha mais cinco cápsulas intactas.

PASSIONAL - O crime aconteceu pelo fato de Gláucia ter rompido um namoro de 12 anos. Onizeti se recusava a aceitar o fim do relacionamento e a ameaçava frequentemente, insistindo para reatar.

Quando ocorreu a tragédia, o então delegado titular de Cândido Mota, Luiz Antonio Ramão, contou que Gláucia registrou, um mês antes, uma ocorrência contra seu ex-namorado, por ameaça. A mulher declarou que namorou Onizeti durante 12 anos, e teriam se separado no dia 03 de maio. Passados três dias do término, ele a teria procurado dizendo que se não reatasse o namoro, iria matá-la.

Já no dia 20 de maio, um dia antes do registro da ocorrência na Polícia, Onizeti teria cometido uma nova ameaça, dizendo "de hoje você não passa". Mediante os fatos ela ligou para a Polícia, e mais tarde ele lhe mandou uma mensagem por celular, com os seguintes dizeres "muita calma, você pode acabar com nós dois".

Sendo assim, Gláucia efetuou o registro do BO em 21 de maio, e seu ex-namorado seria convocado para depoimento nos próximos dias. A data estava marcada para 19, seis dias após a tragédia.

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