Moradores de Palmital reclamam de falta de água nas residências; SAAE explica desafios no abastecimento

Nesta quinta-feira, 21 de novembro, moradores do Jardim Paraná, em Palmital, entraram em contato com o Portal AssisCity para reclamar sobre a falta de água no município, um problema que se arrasta há meses e tem afetado diretamente a qualidade de vida da população.

Segundo os moradores, a situação já dura alguns meses, mas as famílias estavam sendo atendidas por caminhões-pipa disponibilizados pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). No entanto, nas últimas semanas, moradores afirmam que o abastecimento emergencial foi suspenso, agravando a crise.

"Faz meses que estamos passando pela falta de água. Antes, o caminhão-pipa abastecia as casas que estavam sem água, mas essa semana mandei mensagem pedindo para abastecer e disseram que não estavam mais atendendo dessa forma. Semana passada vi dois caminhões abastecendo casas, mas agora falam que estão priorizando reservatórios. Ontem, cheguei do trabalho com uma pessoa idosa e uma criança, sem água em casa. Não tinha como lavar louça, tomar banho ou dar descarga. A cidade precisa de ajuda", disse a doméstica Luzia ao Portal AssisCity

Além disso, outros moradores utilizaram as redes sociais para relatar problemas semelhantes. "Falta água todos os dias, mas a conta veio um absurdo de caro", comentou uma moradora. Outro desabafou: "Só queria chegar do trabalho e tomar um banho decente no chuveiro, não de caneca",

Situação agravada desde setembro

De acordo com Luzia, a crise se intensificou nos últimos meses. "Desde setembro, a situação piorou muito. A água acaba durante o dia e volta à noite, mas nunca é suficiente. Para piorar, a conta continua chegando alta, mesmo sem termos água regularmente", disse.

Nota do SAAE

Em resposta às reclamações, o SAAE enviou uma nota ao Portal AssisCity explicando os desafios enfrentados pela administração. A autarquia destacou que o município sofre com problemas históricos no fornecimento de água, agravados pelo aumento do consumo, infraestrutura antiga e queda na produção devido à falta de chuvas e ao calor intenso. Confira a nota na integra:

"O município enfrenta desafios históricos no fornecimento de água, agravados pelo aumento do consumo, a infraestrutura antiga e a queda contínua na produção. Recentemente, a produção nas minas do horto caiu de 100 m³/h para 65 m³/h, reflexo da falta de chuvas e do calor intenso registrado nos últimos meses. Essa situação tem impactado principalmente as regiões mais altas, onde a pressão na rede é menor.

O abastecimento com caminhões-pipa não foi suspenso. Priorizamos o envio de água aos reservatórios para beneficiar mais pessoas, mas, em casos de solicitação, realizamos uma avaliação no local. Se constatada a insuficiência de pressão ou falta de água, o caminhão é enviado para atendimento emergencial. O serviço é criterioso para evitar abusos, uma vez que é gratuito e a água não é cobrada. Atualmente, dois caminhões-pipa estão em operação devido ao aumento da demanda.

Sobre a normalização do abastecimento, estamos trabalhando continuamente para aumentar a produção e reduzir a dependência dos caminhões. Contudo, ainda não é possível definir um prazo exato.

Nos últimos anos, realizamos ações importantes para melhorar o fornecimento de água, como a reativação de poços desativados, a construção de novos poços, a ampliação de reservatórios e a setorização da rede de distribuição. Também investimos em tecnologia e monitoramento, além de realizar manutenção constante nos sistemas existentes. Paralelamente, projetos de médio e longo prazo, como a perfuração de um poço profundo no Aquífero Guarani, estão sendo planejados para aumentar a capacidade de produção da cidade.

Reafirmamos nosso compromisso em superar esses desafios e garantir um abastecimento eficiente para toda a população. Pedimos a colaboração de todos no uso consciente da água e reforçamos que estamos à disposição para atender emergências, esclarecer dúvidas e seguir trabalhando por soluções", diz a nota.