Buscar no site

Mais da metade do lixo recolhido no Corredor Raposo Tavares é reciclável

Materiais descartados irregularmente na malha rodoviária ao longo do ano preencheriam duas piscinas olímpicas

Assessoria CART

  • 24/01/18
  • 20:00
  • Atualizado há 361 semanas

De Bauru a Presidente Epitácio, a limpeza feita diariamente ao longo do Corredor Raposo Tavares resulta no recolhimento de quantidade expressiva de material jogado na pista ou no acostamento, sendo a maior parte reciclável. Para se ter ideia da importância do trabalho das equipes de manutenção e limpeza, a quantidade de material dispersada irregularmente no trecho administrado pela CART ao longo do ano seria suficiente para encher quase duas piscinas olímpicas. No período de férias, quando o fluxo de veículos aumenta em média 20%, a CART - Concessionária Auto Raposo Tavares reforça a necessidade da colaboração de seus usuários com a limpeza das rodovias.

Por mês, em média, são recolhidos 574 metros cúbicos de lixo na SP-270 - Raposo Tavares, SP-225 - João Baptista Cabral Rennó e SP-327 - Orlando Quagliatto. Deste total, 343 m³ (60%) são recicláveis, como plástico, garrafas PET, latas de refrigerantes, papel, papelão, plásticos, recipientes de vidros e sacolas. "É uma quantia considerável de material reciclável recolhido por nossas frentes de limpeza, que desempenham um papel indispensável à preservação do meio ambiente em nosso trecho", afirma Athayde Caldas, Gerente de Relações Institucionais da CART. "Na outra ponta, a CART contribui com a geração de emprego e renda nos municípios direcionando esse material para cooperativas de reciclagem", ressalta.

Já o material não-reciclável corresponde a 62,5 m³. São embalagens com restos de alimento, isopor e papel higiênico. Outro item que chama a atenção pela quantidade recolhida são fraldas descartáveis usadas. "Recomendamos às mamães que viajam pelo Corredor a utilizarem nossas bases. Os 12 SAUs [Serviço de Atendimento ao Usuário> dispõem de toda infraestrutura necessária para o conforto dos viajantes nas paradas de descanso, inclusive fraldário", menciona.

Mensalmente, as equipes recolhem cerca de 16 m³ de resíduos de borracha nas pistas. Boa parte é resto de ressolagem de pneus de veículos pesados. Esse material é levado para ecopontos. Também são contabilizados nesta relação materiais orgânicos (roçada da grama e restos de poda), que totalizam 151,3m³ por mês.

As equipes de limpeza da CART atuam com equipamento de capina de vegetação, pás, além de caminhões de varredura e de transporte de ferramentas. "Para uma rodovia ainda mais limpa, a orientação é que o motorista leve sacolas plásticas para depositar seu lixo no interior do veículo e descartá-lo adequadamente na próxima parada. Nossas bases de atendimento possuem lixeiras para material orgânico e reciclável e são uma alternativa para o descarte nas paradas para descanso rápido ou para solicitar informações", ressalta Caldas.

Meio ambiente

A presença de resíduos na malha viária pode provocar acidentes, além do impacto ambiental. Com as chuvas, o lixo é levado pela enxurrada para os rios. Animais silvestres que habitam às margens da rodovia nas áreas de vegetação são atraídos para a pista e há o risco de atropelamento, que oferece ainda perigo aos ocupantes dos veículos.

A consciência ambiental é reforçada por meio das ações do PRA - Programa de Redução de Acidentes, que a CART desenvolve nas comunidades em parceria com a ARTESP - Agência de Transportes do Estado de São Paulo. A exposição itinerante "Rastros de Fauna" tem como principal público estudantes. "Um dos objetivos deste trabalho nas escolas é fazer dos alunos multiplicadores de conhecimento, alertando sobre o que a prática de jogar lixo na rodovia pode provocar", afirma Athayde Caldas.

Contribuir com a limpeza da malha rodoviária é participar, ainda que indiretamente, de um consistente trabalho de preservação da fauna. No Corredor Raposo Tavares, o programa de mitigação de atropelamento de fauna atingiu resultado acima do indicado pela literatura científica. Em um trecho de 71 km de malha rodoviária, que compreende Maracaí e Regente Feijó, houve redução de 72% no índice de atropelamentos de animais silvestres, mesmo com a duplicação da pista e aumento do volume de veículos passantes.

Considerando apenas os pontos críticos de atropelamento mapeados nesse segmento, o índice de redução atingiu 86%. A literatura científica indica que pontos tratados representam entre 79% e 97% de redução. Um trabalho que envolve, além da implantação da estrutura de passagens de fauna, monitoramento constante. "Os animais, de acordo com literatura específica, levam um tempo para reconhecer a utilidade desses dispositivos, o que chamamos de curva de aprendizagem. Se o lixo é lançado na rodovia e o atrai para a pista, este processo é comprometido", explica Caldas.

Limpeza é feita diariamente por equipes da CART

Usuários do Corredor contam com fraldário nos SAUs

Receba nossas notícias em primeira mão!

Mais lidas
Ver todas as notícias locais
Colunistas Blog Podcast
Ver todos os artigos