Homens estão cada vez mais agressivos, segundo estatísticas
Dados apresentados pela Delegacia Seccional de Polícia Civil de Assis, sobre delitos praticados contra mulheres nos 13 municípios de abrangência são preocupantes, segundo admitiu o delegado Luis Fernando Quinteiro. No último dezembro uma mulher foi assassinada em Paraguaçu Paulista com quatro tiros, sendo três na cabeça; neste janeiro, uma jovem de 24 anos morreu em Assis com nada menos que 29 facadas desferidas pelo corpo todo. Nos dois casos, os ex-companheiros das vítimas de homicídio foram presos na cadeia pública de Palmital.
DADOS - Ano passado, 577 mulheres foram agredidas fisicamente em Assis e região. O mês de julho teve 60 casos registrados e, em junho, onde houve a minoria de Boletins de Ocorrências, foram 39 agressões.
Com relação às ameaças de morte, a Polícia Civil documentou 590 situações, com predominância em agosto, quando 62 mulheres tiveram suas vidas em risco. Em resposta às agressões, foram presos, em flagrante delito, um total de 50 homens. Já por força de mandados de prisões, houve nove recolhimentos de agressores em unidades prisionais.
Embora muitas mulheres receiem procurar a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), para incriminar seus companheiros, ou ex, em especial por temer represálias por parte deles, 247 solicitaram medidas protetivas.
Em 2010, duas mulheres foram vítimas de crimes passionais, uma em agosto, outra em dezembro. Em 2011 a Polícia Civil já registrou um homicídio, presenciado pela filha pequena da mulher, morta com 29 facadas.
Homicídios de 2010: Uma vítima esfaqueada, outra baleada
A cidadã assisense Rosinete da Silva, de 44 anos, foi assassinada na noite de 10 de agosto de 2010, com uma facada nas costas. A mulher morreu na casa em que residia com o marido e a mãe dele, na rua Prudente de Moraes, vila Santa Cecília, onde teria chegado já esfaqueada.
Em Paraguaçu, Juliana Lopes Onorato Pedroso, 31 anos, foi baleada quando chegava ao seu trabalho, na manhã de 13 de dezembro, e o assassino é o ex-marido dela. Uma testemunha que aguardava atendimento no local presenciou quando um homem segurou Juliana pelos cabelos e atirou em sua cabeça. Na manhã do dia 20 de dezembro, uma segunda-feira, Daniel César de Brito, de 32 anos, se apresentou na Delegacia de Polícia Civil de Paraguaçu e confessou a autoria. Ele já possuía um mandado de prisão e foi preso, inicialmente na cadeia pública de Palmital.