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Golpistas dizem ter convênio com prefeitura para vender massageadores a idosos em Platina

Prefeitura esclarece que não tem relação nenhuma com a venda dos produtos e alerta população para golpe

Redação AssisCity

  • 25/11/23
  • 14:00
  • Atualizado há 51 semanas

A população da cidade de Platina está sendo vítima de um golpe com a venda de massageadores. De acordo com as informações obtidas ao AssisCity, os estelionatários dizem ter convênio com a prefeitura para enganar as vítimas. Até o momento, cerca de 15 idosos já perderam uma grande quantia em dinheiro.

A secretária de saúde de Platina, Ana Goes, que procurou a reportagem para fazer o alerta à população, informou que medidas estão sendo tomadas e que as câmaras de vigilância da cidade estão sendo utilizadas para auxiliar na identificação dos golpistas. "O que mais nos intriga é que os golpistas sabem os nomes de alguns idosos. Ainda não sabemos como eles conseguiram essas informações, mas estamos investigando", contou.

Uma das vítimas, dona Fátima Aparecida Nogueira dos Reis, de 67 anos, acabou perdendo R$ 3.600. Ela contou que três pessoas chegaram à sua casa na terça-feira, dia 21 de novembro, às 16h. Duas jovens se apresentaram como representantes de uma empresa que oferecia um convênio com a prefeitura para a venda de aparelhos de massagem fisioterapêutica. Um homem, que se identificou como Alex, acompanhou as moças.

Divulgação - Golpista usa nome da Prefeitura para vender massageadores - Foto: Divulgação
Golpista usa nome da Prefeitura para vender massageadores - Foto: Divulgação

De acordo com as mulheres, os aparelhos da empresa eram mais potentes do que o que a idosa já tinha para o seu marido, que é acamado. "Eu disse que não precisava, mas elas insistiram, dizendo que eu poderia experimentar o aparelho por um mês e, se gostasse, ficar com ele para sempre. A única condição era que eu pagasse uma parcela de R$ 275 ou R$ 345", falou.

Dona Fátima disse que não tinha esse dinheiro, mas elas a convenceram a usar o seu cartão de crédito. "Elas disseram que poderiam parcelar o valor em 12 vezes. Eu acabei aceitando e comprei três aparelhos. Elas passaram o cartão e disseram que voltariam em 10 dias com a nota fiscal", explicou.

No mesmo dia, a vítima contou que telefonou para o Alex para saber mais sobre o convênio com a prefeitura. "Ele disse que eu não devia mais nada para a empresa e que agora eu devia para o banco. Eu fiquei confusa, porque eles tinham me dito que o aparelho era um benefício da prefeitura. Eu também nunca uso cartão de crédito, e essa foi a primeira vez", afirmou.

No dia seguinte, a idosa ligou novamente para o estelionatário. Desta vez, quem atendeu foi um homem chamado Vinícius. "Ele disse que a empresa era séria e que eu não tinha com o que me preocupar. Eu disse que ia procurar a polícia e o Procon, e ele me disse que já tinha trabalhado no Procon", contou.

Nesta sexta-feira, 24 de novembro, a senhora relatou à reportagem que foi até o banco e relatou tudo o que aconteceu. Disse também que foi orientada pela agência bancária a trocar a senha do cartão. "No banco, descobri que os golpistas são de Contagem, em Minas Gerais", contou a vítima.

No Procon, uma funcionária lhe disse que outras pessoas já haviam procurado a instituição com o mesmo problema. Mas que, no entanto, da mesma forma que Fátima dos Reis não possuía a nota fiscal, as demais vítimas também não tinham provas contra os estelionatários, o que torna impossível abrir uma reclamação formal no órgão.

Escaparam por pouco

Outra vítima, Nair Zuchi dos Santos, de 56 anos, também recebeu a visita dos golpistas. De acordo com ela, um rapaz se aproximou da casa dizendo ser vendedor de produtos, como massageadores e outros itens. "Ele pediu para entrar e, quando eu abri o portão, começou a insistir para que eu comprasse um produto que custava R$ 1500", contou.

Ela se recusou, mas o estelionatário continuou insistindo, dizendo que podia parcelar em duas vezes no cartão. "Eu continuei recusando, mas ele não desistiu. No final, ele saiu da casa minha bravo e jogando praga", disse.

Maria Aparecida Leopoldo, de 62 anos, passou pelo mesmo. À reportagem, ela relata a mesma história de três pessoas se passando por vendedores de produtos fisioterapêuticos. "Eu não quis nem deixar que eles entrassem em casa e, graças a Deus, não perdi nada", contou a moradora.

Os produtos vendidos pelos golpistas são da empresa AmarFlex, da cidade de Contagem, Minas Gerais. O Portal AssisCity entrou em contato com a empresa para descobrir se as pessoas envolvidas no estelionato fazem parte da organização e, caso não, se estão cientes de que a marca está sendo usada na aplicação de golpes. Até o momento desta publicação, não houve retorno.

A prefeitura de Platina esclarece que não tem nenhum convênio com empresas de massageadores fisioterapêuticos. Os idosos que receberem a visita desses golpistas devem ficar atentos e não aceitarem nenhum tipo de oferta.

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