'Foi sorte', diz pedreiro que saiu pelo vidro e sobreviveu após carro cair no rio em Palmital
Homem conta que o veículo encheu de água muito rapidamente após cair em braço do Rio Paranapanema. Motorista não conseguiu escapar e seu corpo foi resgatado dentro do carro
O pedreiro Gilson Clemente da Silva, de 50 anos, acredita que teve sorte em sair com vida de um acidente que matou seu colega após o carro em que ambos estavam cair em uma lagoa que fica próxima ao Rio Paranapanema. O acidente aconteceu na manhã desta quinta-feira (13), em Palmital (SP).
A vitima, o pedreiro Cícero Donizeti Ferreira, que tinha 49 anos, dirigia o veículo. Ele perdeu o controle do veículo ao desviar de um outro carro que estava na via.
Como não conseguiu sair do carro, acabou morrendo antes dos bombeiros conseguirem fazer o resgate. Gilson estava no banco do carona e conseguiu escapar sem ferimentos.
"Foi muito rápido, logo afundou e encheu de água. Acho que dei muita sorte de conseguir sair pelo vidro. Quando saí, ainda olhei pra dentro da água, mas o carro afundou e não deu pra ver mais nada. É um sentimento muito duro, ele era meu parceiro de serviço de pedreiro", contou Gilson enquanto assistia ao resgate do carro.
Os dois pedreiros estavam indo trabalhar de carro e passavam por uma estrada rural quando o motorista perdeu o controle da direção ao cruzar com outro carro e foi parar dentro do rio.
O lugar conhecido como Água da Mexirica fica na divisa de São Paulo com o Paraná e é uma espécie de afluente do Paranapanema.
O veículo caiu na lagoa com as rodas viradas para cima. Como os vidros se quebraram, a água rapidamente invadiu o carro, que afundou. De acordo com os bombeiros, mesmo na beira do reservatório a profundidade chega a 6 metros.
Quando o socorro chegou, o pedreiro já tinha se afogado e seu corpo foi encontrado pelos mergulhadores dentro do carro.
Os bombeiros tiveram trabalho para retirar o veículo do fundo rio e precisaram contar com a ajuda um guincho para puxar o carro até a superfície. A Polícia Técnica esteve no local do acidente e vai investigar as causas do acidente.
Para Gilson Clemente da Silva foi muito triste ver seu colega não conseguir se salvar: "Era meu parceiro"
Mesmo perto da margem, bombeiros dizem que profundidade do local chega a seis metros