"A vacina e a fé salvaram minha vida", diz caravanista de Cândido Mota que venceu a COVID-19
Sérgio ficou 9 dias internado na UTI com metade dos pulmões comprometidos
A COVID-19 tirou centenas de vidas na cidade e destruiu famílias ao longo deste período da pandemia. Muitos não tiveram a oportunidade de voltar para a casa e sentir a emoção de reencontrar pessoas queridas.
Com a chegada da vacinação, os números dos óbitos e de pacientes internados diminuíram, mas ainda não acabaram. O morador de Cândido Mota, Sérgio Anselmo, de 48 anos, é funcionário público da cidade, trabalha na saúde, mas é muito conhecido por organizar excursões para o santuário do Padre Marcelo Rossi e outras igrejas há 22 anos.
No final de agosto, ele começou a sentir os primeiros sintomas da doença e precisou ser internado no Hospital Regional de Assis. Com o quadro se agravando e 66% dos pulmões comprometidos foi levado para a UTI.
"Fiquei 9 dias na UTI do hospital e nos primeiros momentos pensei que fosse morrer. Fiquei mal, com a saturação muito baixa, tosse, falta de ar e precisei de oxigênio para controlar o quadro", relata.
Sérgio havia recebido as duas doses da vacina Coronavac logo no início da vacinação e acredita que isso fez com que a situação dele não piorasse ainda mais.
"Eu tenho pressão alta e diabetes. Acredito que se não fosse a vacina e a minha fé em Deus, eu não estaria aqui hoje contando essa história pra vocês. Porque foram dias terríveis e intensos sem saber como eu ia acordar no outro dia.", conta.
Assim que o estado de saúde melhorou um pouco, Sérgio foi transferido para o quarto e ficou por mais uns dias, totalizando 20 no hospital. Na sexta-feira, 10 de setembro, recebeu alta e voltou pra casa emocionado.
"É uma emoção muito forte passar pelos corredores do hospital e saber que venci esta doença. Infelizmente eu perdi meu irmão pra esse vírus e por algum momento também pensei que eu seria o próximo. Mas graças a vacinação, a minha fé e a toda equipe do hospital eu sobrevivi e quero aproveitar cada momento de minha vida", finaliza.
Sérgio segue se recuperando em casa com a ajuda da família. Ainda recebe um suporte de oxigênio para usar, caso sinta um pouco da falta de ar.