Vereador pede parecer jurídico após ser acusado por presidente da Câmara de fazer campanha para Lula
Em sua fala, Fernando Sirchia, abriu seu tempo questionando os comentários do Presidente da República, Jair Bolsonaro
O vereador Fernando Sirchia, do PDT, formalizou na segunda-feira, 17 de outubro, um parecer jurídico à Procuradoria da Câmara Municipal de Assis após ter sido acusado pelo presidente da Casa de fazer campanha eleitoral para Lula, candidato à presidência .
Em sua fala como líder do partido, o vereador abriu seu tempo questionando o comentário do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre o caso das garotas venezuelanas menores de idade e depois sobre o orçamento secreto, em que afirma ser um esquema institucionalizado da corrupção no país.
Durante seu comentário, Sirchia foi interrompido pelo vereador Luiz Antônio Ramão, do PSD, o qual chamou sua atenção pedindo para não fazer campanha eleitoral no plenário.
"Pela ordem, vereador. Não é permitido o senhor fazer campanha pro Lula aqui na Câmara", comenta Ramão.
Na sequência Fernando Sirchia responde: "ninguém se referiu ao Lula, presidente".
"Mas não precisa, nós não somos tontos e nem os ouvintes que estão nos assistindo. Nós estamos em período eleitoral e o senhor não pode ficar falando do presidente aqui. O senhor fala na sua rede social, onde o senhor quiser", afirma o ex-delegado.
Logo na sequência, após Sirchia descer da tribuna, Ramão reforça aos demais vereadores que não será permitido esse tipo de fala na sessão.
"A fala do vereador Fernando Sirchia hoje, nós vamos verificar aqui e é passível de uma representação. Eu não sou presidente dos 8 e nem dos 7, sou presidente da Câmara e não precisa um banana estar aqui sentado para conceder palavra pra esse ou aquele sem fazer uma manifestação. Me perdoe Fernando Sirchia, mas do jeito que o senhor fez a fala, está instigando os ouvintes a votarem no ladrão descondenado", finaliza.
Parecer
O vereador Fernando Sirchia aguarda agora o parecer Jurídico da Câmara que, segundo ele, "tem suma importância para balizar o entendimento do vereadores acerca das suas prerrogativas".
"Não fiz campanha, não pedi voto e sequer citei o candidato petista. Fui surpreendido pela reação truculenta do presidente. Acredito que em uma democracia, o papel da política é discutir os problemas do país e não sufocar o debate de parlamentares eleitos para representar a sociedade", afirmou o vereador indignado.
Veja os vídeos: