Tia relata angústia para conseguir vaga em UTI a sobrinho de 1 ano com COVID-19

Na madrugada de quarta-feira, 9, uma família enfrentou uma luta, quando deu entrada no UPA de Assis, com uma criança, obesa de 1 ano e 4 meses, com falta de ar. A família entrou em contato com o Portal AssisCity, afim de conseguir ajuda por uma vaga na UTI de Marília.

De acordo com a tia da criança, na madrugada de terça para quarta, seu sobrinho teve uma crise de falta se ar, eu um quadro febril. E imediatamente a família procurou a Unidade de atendimento.

Assim que deram entrada, a criança foi atendida por uma pediatra, que pediu um exame de raio x, porém o aparelho estava quebrado e não conseguiram as imagens adequadas.

Depois disso, a tia informou que, Rafael foi levado para uma sala de inalação, e que passou mal. E por isso decidiram fazer o teste da COVID, que deu positivo.

"Monitoraram meu sobrinho durante alguns momentos, e durante esse monitoramento, viram que a saturação estava baixa e que ele precisava de uma UTI pediátrica por conta da dificuldade de respirar. E a médica alegou que os leitos daqui de Assis foram desativados pelo governo, e que a referencia para o tratamento seriam Tupã e Marília," comentou a tia.

Logo após essas informações, a família ficou angustiada, pois a criança não apresentava um quadro bom, e ter que aguardar na fila a vaga para a transferência aumentou ainda mais essa preocupação.

Após passar a noite lá, ter tido alguns tratamentos, na manhã de quinta-feira, 10, a saturação ainda continuava baixa, e foi aí que a família entrou em desespero e fez contatos para ver se conseguia uma vaga mais rápido.

"Depois de 24 horas aguardando, no fim da manhã de quinta-feira, finalmente surgiu uma vaga hospital das clínicas de Marília. Meu sobrinho foi transferido pra lá por volta do meio dia, e juntamente com minha irmã, foram recebidos e encaminhados direto pra sala de raio-x. Ele foi submetido a alguns exames de sangue e logo detectaram que o pulmão estava comprometido", desabafou.

A tia informou ao Portal, que o sobrinho não está na UTI, mas está sendo monitorado. Na sexta-feira, 11 de fevereiro a criança estava com diarreia, se alimentando pouco, e apresentando falta de ar com pequenas atividades, mas seu caso é considerado estável.

Rafael está recebendo o tratamento adequado, de acordo com o protocolo do hospital.

A família pede oração pela vida da criança, crê num milagre e também faz um alerta:

"O fato de a gente acionar a mídia, e pedir ajuda, é por acreditar que nós população não temos voz. E peço para que através dessa história, o governo venha retornar os leitos para a cidade de Assis, para que outras crianças e famílias não venham passar por essa situação. Nossa luta é pela população, nós merecemos isso, o hospital regional tem condições, só precisam da reativação por parte do governo."

Em 2021 os leitos disponíveis para atender pacientes com COVID-19 do Hospital regional de Assis, foram desativados pelo governo do Estado de São Paulo e os pacientes de Assis e região passaram a ser transferidos para o HCM.

No dia 19 de janeiro, os prefeitos do Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema (CIVAP) reuniram-se para discutir ações voltadas à reabertura de leitos SUS no Hospital Regional de Assis.