Sessão da Câmara é encerrada para prefeito se manifestar, mas quem fala são os secretários

A sessão da Câmara Municipal de Assis de segunda-feira, 07, foi marcada por atipicidade, uma delas a extensa carta enviada por um cidadão assisense que manifestou-se contra o vice-prefeito João Rosa que teria abandonado o prefeito Ézio Spera e também as delegacias, já que é delegado de Polícia Civil. O teor da escrita criticava, ainda o vereador Timba.

Outro diferencial quebrou o tradicional cenário de discussões e votações de projetos: o plenário lotado de faixas contra a corrupção e pessoas se manifestando sobre a precariedade da saúde e os gastos com empresas contratadas pelo Poder Executivo, supostamente sem licitações(serviço de jardinagem e de entrega de carnês de IPTU).

As pautas do dia foram lidas, foi discorrido sobre moções, chegou a se falar sobre arrecadação via multas aplicadas, festas realizadas em chácaras sem alvarás e, bruscamente a sessão foi suspensa para que o prefeito Ézio Spera, acompanhado de alguns de seus secretários, fizesse uso da palavra.

No momento em que Spera caminhava para o lugar a ele destinado houve manifestações de críticas e, por várias vezes o presidente da câmara, Célio Diniz teve de pedir silêncio e respeito. Algumas pessoas do público se exaltaram e houve até menção de que a Polícia Militar estava no local, e, se necessário fosse os manifestantes que atrapalhavam a sessão seriam convidados a se retirarem da Casa das Leis.

Ézio praticamente não falou. Ele passou o microfone aos secretarios Flávio Erivelton (Fazenda) e Paião (Saúde) que justificaram as acusações.

O vereador Kiko Binato abandonou a sessão, e foi seguido por Timba, que permaneceu mais tempo no plenário e alegou que, como a sessão havia sido encerrada, não tinha mais porquê permanecer ali.

Vários municípes se manifestaram indignados pelo fato de esperar que o prefeito prestasse esclarecimentos, o que não ocorreu, já que o microfone foi passado a seus assessores.