Projeto da UNESP revoluciona monitoramento de doenças crônicas em municípios paulistas

Uma iniciativa pioneira da Universidade Estadual Paulista (Unesp) está mudando a maneira como gestores e profissionais de saúde lidam com doenças crônicas em 40 municípios paulistas participantes. O projeto ArticulaRRAS lançou um site de acesso público que oferece uma vasta gama de informações e indicadores cuidadosamente organizados, com o objetivo de revolucionar a abordagem de gestão, prevenção e cuidado em relação a doenças crônicas e seus fatores de risco.

Com uma abordagem inovadora, o programa visa aprimorar a saúde pública em doenças como obesidade, hipertensão e diabetes mellitus. Os dados e informações disponíveis podem ser uma ferramenta valiosa para o planejamento estratégico de ações de saúde pública, permitindo comparações com as médias estaduais e identificação de possíveis desequilíbrios.

Através do link https://articularras.com.br/municipios/, qualquer pessoa interessada pode acessar uma variedade de indicadores, incluindo: Taxa de Cobertura da Atenção Básica, Taxa de Cobertura da Estratégia de Saúde da Família, Taxa de Cobertura da Atenção Primária em Saúde, dados sobre o estado nutricional da população adulta, porcentagem de hipertensos com medição da pressão arterial, porcentagem de diabéticos com solicitação de hemoglobina glicada, Taxa de Mortalidade Prematura por Doenças do Sistema Circulatório e a Proporção de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP).

A plataforma oferece a flexibilidade de busca individual por indicadores ou uma visualização em planilha que permite comparações entre os municípios participantes e as médias estaduais. Além disso, detalhes sobre a população, faixa etária, localização rural ou urbana, classe e grau de urbanização estão disponíveis para uma análise abrangente.

Outros dados essenciais, como o número de famílias inscritas no Cadastro Único (Cadunico) e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), também estão ao alcance.

A plataforma não apenas apresenta informações gerais, mas também mergulha profundamente na situação de doenças crônicas em cada município. Indicadores sobre proporção de hipertensos com medição da pressão arterial, proporção de diabéticos com solicitação de hemoglobina glicada, taxa de mortalidade prematura por doenças circulatórias, taxa de mortalidade prematura por diabetes mellitus, estado nutricional por faixa etária e Taxa de Acompanhamento de Agenda de Saúde (TAAS) por meio dos programas Bolsa Família e Auxílio Brasil são cuidadosamente detalhados. Além disso, informações sobre Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP) estão disponíveis.

Para simplificar a compreensão dos dados, um glossário detalhado com fontes e métodos de cálculo está à disposição dos usuários no link: https://articularras.com.br/wp-content/uploads/2023/05/2023_articularras_glossario.pdf. A plataforma é acessível a qualquer interessado, sem necessidade de cadastro.

A seleção das cidades participantes no projeto ArticulaRRAS foi baseada em critérios de saúde, levando em consideração fatores como peso corporal, mortalidade prematura por hipertensão arterial sistêmica e diabetes tipo 2. A diversidade geográfica e populacional também foi levada em conta. As cidades participantes incluem Araçatuba, Aramina, Arco-Íris, Aspásia, Assis, Batatais, Capão Bonito, Cordeirópolis, Corumbataí, Cristais Paulista, Descalvado, Fernão, Guaraçaí, Iaras, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itaju, Itápolis, Itirapina, Jacareí, Lorena, Martinópolis, Matão, Oscar Bressane, Parapuã, Pontal, Pratânia, Sales Oliveira, Santa Fé Sul, São Sebastião da Grama, Taquaral, Tarumã, Trabiju, Uru e Vera Cruz.

O projeto ArticulaRRAS é coordenado pelo Centro de Tecnologia e Inovação para Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional da Unesp (INTERSSAN), vinculado ao Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB). A iniciativa conta com parcerias estratégicas com várias instituições de ensino e entidades do poder público. Seu escopo está totalmente alinhado às políticas atuais do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde em relação às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs).