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Observador de Assis, André Ferreira traz estudos que revelam que mortes no trânsito superam mortes por armas de fogo

Relatório que abrange 4.800 municípios, aponta que, em 73% dessas localidades, os sinistros de trânsito são a principal causa de mortes

Assessoria de Comunicação

  • 29/10/24
  • 08:00
  • Atualizado há 16 horas

Observador Certificado do Observatório Nacional de Segurança Viária, André Ferreira, de Assis, fala sobre um recente estudo que foi realizado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) em parceria com a Universidade Federal do Paraná revelou dados alarmantes sobre a mortalidade no Brasil.

O relatório, que abrange 4.800 municípios, aponta que, em 73% dessas localidades, os sinistros de trânsito são a principal causa de mortes, superando os homicídios por armas de fogo.

Reprodução/Arquivo Pessoal - Observador Certificado do Observatório Nacional de Segurança Viária, André Ferreira - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Observador Certificado do Observatório Nacional de Segurança Viária, André Ferreira - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Em 2022, ano mais recente para o qual temos dados, 33.227 brasileiros perderam a vida em decorrência da violência armada, enquanto 33.426 morreram em sinistros de trânsito. Essa comparação evidencia uma crise dupla: tanto a segurança pública quanto a segurança viária estão em níveis críticos.

O estudo analisou a evolução das taxas de mortalidade por homicídios e sinistros de trânsito entre 2009 e 2022. As mortes por causas externas, especialmente por agressões e trânsito, constituem um grave problema de saúde pública global. O relatório investigou a dinâmica temporal e espacial dessas duas causas, utilizando taxas de mortalidade específicas por 100 mil habitantes, em comparação com as médias nacionais.

As regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste apresentaram taxas de mortes no trânsito superiores às de homicídios. No Norte e Nordeste, essa relação se inverteu, mas os índices de mortalidade ainda foram elevados. Esses dados indicam que, em 73% dos municípios analisados, o trânsito é tão letal quanto, ou até mais do que, a violência armada. Isso destaca a urgência de aprimorar a gestão de trânsito nas pequenas e médias cidades, muitas das quais ainda não iniciaram o processo de municipalização do trânsito, apesar da obrigação legal estabelecida pelo Código de Trânsito Brasileiro.

O relatório aponta uma clara necessidade de ações coordenadas e urgentes para reverter esse cenário de violência letal, tanto no que diz respeito a homicídios quanto a sinistros de trânsito. A implementação de políticas públicas eficazes, focadas na segurança pública e na mobilidade urbana, é fundamental. Isso inclui investimentos em infraestrutura, educação, fiscalização e a adoção de tecnologias inovadoras, essenciais para reduzir tanto os índices de homicídios quanto as mortes nas vias.

Além disso, a integração entre os diversos órgãos responsáveis—como segurança pública, trânsito e saúde—é crucial para a construção de um país mais seguro para todos os cidadãos. A situação exige uma resposta imediata e eficaz de todos os setores envolvidos, visando proteger a vida e garantir a segurança de todos os brasileiros.

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