Mutirão de saúde do PECA realizou 700 atendimentos em Palmital
O programa trouxe a Palmital cerca de 150 alunos de graduação, 30 médicos residentes e 15 professores, todos voluntários
O Programa Expedições Científicas e Assistenciais (Peca), encerrado na terça-feira em Palmital, alcançou grande repercussão na cidade e atendeu muitos pacientes em consultas, exames e procedimentos.
O mutirão de saúde é um projeto de extensão dos alunos, médicos residentes e professores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), que recebeu apoio de instituições públicas e particulares, da Prefeitura e da Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB).
O trabalho foi centralizado nas dependências da Escola Maria Eulália Vieira Scalla, no Bairro São José, que foi transformada em um grande posto de saúde para o atendimento em diversas especialidades.
De acordo com a organização, dados preliminares, feitos antes do encerramento, indicam cerca de 700 atendimentos em clinica médica, geriatria, ginecologia/obstetrícia, ortopedia, otorrinolaringologia, pediatria, dermatologia, psiquiatria, fisiatria, fisioterapia e fonoaudiologia, além da prestação de serviços nas áreas de nutrição, serviço social, odontologia e psicologia.
Foram realizados exames clínicos e laboratoriais e grande número de cirurgias na Santa Casa de Palmital.
A Prefeitura mobilizou equipes de todos os departamentos para prestar apoio às atividades, incluindo alojamento, alimentação e transporte das equipes.
A Santa Casa ofereceu sua estrutura para as cirurgias. Para a realização do Peca, a Santa Casa de São Paulo trouxe a Palmital todos os materiais e equipamentos necessários.
Os pacientes foram recebidos no galpão da escola para triagem e exames físicos iniciais e posteriormente encaminhados aos consultórios para exames e procedimentos.
O piso superior da Escola, que tem acesso por elevador, além da quadra de esportes coberta, também foram utilizados pelo programa.
As equipes, coordenadas pela estudante e coordenadora do PECA 2015, Jaqueline Montalvão Araújo, também atenderam nos Centros de Convivência do Idoso (CCIs) e fizeram visitas domiciliares acompanhando agentes do Programa Saúde da Família.
MOBILIZAÇÃO
Segundo o médico Paulo Carrara, chefe do Departamento de Medicina Social da Faculdade Santa Casa de São Paulo e supervisor do Peca, o programa trouxe a Palmital cerca de 150 alunos de graduação, 30 médicos residentes e 15 professores, todos voluntários.
"Os alunos fizeram o primeiro atendimento, avaliação e entrevistas para conhecer os pacientes, como em uma consulta normal. Depois da triagem, eles foram encaminhados aos consultórios onde estavam alunos concluintes do curso, residentes e professores, que discutiam o caso e solicitavam exames que, em sua maioria, eram feitos na própria Escola, para fechar o diagnóstico", explicou ele, destacando que procedimentos de ultrassom e raios-x foram feitos na Santa Casa.
Carrara enalteceu a parceria com a Santa Casa, que viabilizou a realização de 35 cirurgias por meio de técnicas avançadas de videolaparoscopia, realizadas pelos médicos e com equipamentos do Peca.
"Foi um dos melhores desempenhos do ponto de vista cirúrgico em toda a história do projeto", destacou o médico, que já conhecia e estrutura do Hospital de Palmital, que considerou apta para atender a demanda.
De acordo com o médico, a maior parte dos casos foi na área de clínica geral, além de grande número de atendimentos em ortopedia e dermatologia.
Carrara destacou também que a procura superou as expectativas e que o PECA teve grande repercussão em Palmital, comprovando que o trabalho foi muito comentado. O coordenador destacou ainda o apoio oferecido pela prefeita Ismênia Mendes Moraes, da presidente da Câmara, Adriana Polisini, da secretária de Saúde, Nádia Ortiz Gonçales, e do presidente da CMB, Edson Rogatti, que acompanharam diariamente as atividades.