MST interdita a rodovia Assis/Paraguaçu e mobiliza a Polícia Militar; pista já está liberada

Desde o início da manhã desta quarta-feira, 24, oficiais do Batalhão de Assis e da Polícia Militar Rodoviária e grande número de efetivo se concentraram na rodovia Manilio Gobbi, um quilômetro à frente da entrada da Cervinho, interditada por integrantes do Movimento dos Sem Terras (MST), numa forma de protesto. O número de policiais excedeu o de manifestantes. No momento (9h), as pistas já foram liberadas.

A interdição dos dois lados da pista foi feita com pneus e durou uma hora, ocasionando uma fila de cerca de um quilômetro. Segundo o capitão PM Rezende, comandante da 1ª Cia da PM de Assis, a presença da PM foi para garantir a segurança dos usuários da via.

Não houve exaltações, nem queima dos pneus. A mobilização transcorreu de forma tranquila.

A interdição foi feita por integrantes do MST instalados em uma área do Horto Florestal de Assis. O fechamento da rodovia Assis-Paraguaçu visou que um representante do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) comparecesse para fazer uma vistoria comprobatória da área destinada à reforma agrária. "A rodovia permanecerá fechada por uma, duas horas, ou o tempo que for necessário para que as autoridades competentes enxerguem o nosso apelo e mesmo a necessidade de alimentos", tinha adiantado ontem o líder do acampamento, Luciano de Matos Silva, 36.

Na terça-feira, 23, eles iniciaram a abordagem de caminhoneiros que transportavam madeira. Segundo, a ação teve como propósito mostrar para toda sociedade que nenhum integrante do Movimento tem cortado madeira ou furtado resina do Horto Florestal.