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Funcionário da UPA de Assis protocola pedido de cassação contra vereador Fernando Sirchia

Em vídeo publicado nas redes sociais, o vereador usa a palavra prevaricação relacionada aos funcionários da UPA

Redação AssisCity

  • 20/03/24
  • 11:00
  • Atualizado há 35 semanas

Na noite desta segunda-feira, 18 de março, durante a 8ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Assis, o agente administrativo da Unidade de Pronto Atendimento de Assis (UPA), José Rogério Martins, usou a tribuna e protocolou um pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar do vereador e presidente do PDT, Fernando Sirchia.

Na tribuna, José alegou que o vereador, em suas redes sociais, teria generalizado os 152 colaboradores da unidade ao acusá-los de cometer o crime de prevaricação. "Em um desses vídeos o vereador colocou uma frase com o seguinte teor: "Chega de prevaricação dos funcionários da UPA" - e eu gostaria que o vereador me apontasse em que momento eu cometi o crime de prevaricação?", questionou José Rogério na sessão.

Continuando, José ainda explica o que prevê o crime citado pelo vereador em seus stories. "O crime de prevaricação é um crime próprio do servidor público, quando ele atenta contra a administração pública. O Artigo 319 diz assim: "Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal".

O funcionário da unidade acusa o vereador de calúnia, pois alega que não há como provar que os 152 funcionários da UPA cometam o crime. "Indo pela lógica, se apenas um colaborador não cometer esse crime, podemos dizer que é uma mentira. Por isso, eu digo que o vereador mente quando diz que todos os colaboradores cometem o crime de prevaricação".

Reprodução/Redes Sociais - Print da publicação postada em suas redes sociais, onde o vereador utiliza a palavra
Print da publicação postada em suas redes sociais, onde o vereador utiliza a palavra "prevaricação" - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por fim, José Rogério alega que a quebra de decoro parlamentar feita pelo vereador está comprometendo sua atividade como colaborador da unidade de saúde. "Eu preciso ficar me explicando na recepção da UPA sobre estar ou não prevaricando, isso não tem cabimento".

Ainda na sessão da Câmara, em sua defesa o vereador Fernando Sirchia alegou que no momento do vídeo a palavra prevaricação foi usada de forma errada e responsabilizou o corretor ortográfico. "Quando o senhor citou a palavra, eu me assustei, voltei às minhas publicações, pois no contexto do vídeo eu estava defendendo os funcionários da UPA e, na verdade, a palavra que eu queria ter usado era precarização. Então, o senhor me desculpe por isso".

Após o protocolo, o pedido é encaminhado ao Juridico da Câmara Municipal e se aceito, é encaminhado para o presidente, Gerson Alves para dar seguimento na leitura.

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