Família vai ao IML para tentar reconhecer vítima encontrada em canavial de Assis
Gemina Nascimento acredita que o corpo encontrado é de seu primo que estava desaparecido
Redação AssisCity
- 13/08/24
- 10:00
- Atualizado há 14 semanas
As investigações e tentativas de identificação do corpo encontrado por trabalhadores em um canavial na zona rural de Assis continuam. O Portal AssisCity entrevistou Gemina Nascimento, que nesta terça-feira, 13 de agosto, informou que irá ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o reconhecimento da vítima, que ela acredita ser seu primo Rogério dos Santos, de 47 anos, residente em Florínea.
Embora a Polícia Civil ainda não tenha confirmado a identificação precisa, Gemina alega que todas as informações apontam para seu primo. "Ele mora sozinho e tem dois cachorros que estavam sendo cuidados por um vizinho. Ele enfrenta problemas com drogas, e há grandes chances de ser ele. Quando percebemos seu desaparecimento, fomos à polícia para registrar o ocorrido", relatou Gemina.
A prima também contou ao AssisCity que entrou em contato com o Instituto Médico Legal (IML), mas a identificação do corpo não pôde ser confirmada apenas pela identidade encontrada ao lado dele. "Temos certeza de que é ele; todos os fatos se alinham. Ele sempre ia buscar drogas em Assis com sua bicicleta e passava por Frutal do Campo. Acreditamos que ele tenha parado no canavial para usar drogas e acabou passando mal, sem ninguém para socorrê-lo."
Gemina também destacou que a mãe de Rogério faleceu há quatro meses. "Ela morava com minha mãe, e, depois da morte dela, ele ficou ainda mais abalado, e a situação dele piorou."
Rogério não tem mãe, pai ou filhos, o que dificulta a possível identificação. No entanto, os familiares próximos irão ao IML para que sejam colhidas amostras de DNA, visando a checagem e um possível reconhecimento.
O que diz a polícia
Inicialmente, cogitava-se a hipótese de que o corpo encontrado no canavial poderia ser o de um andarilho.
O delegado André Eustáquio Fonseca, que registrou a ocorrência, afirmou que a identificação precisa ainda não foi confirmada, uma vez que o corpo estava em estado de decomposição, impossibilitando o reconhecimento visual imediato. "Há a suspeita de que o cadáver seja de um homem de Florínea que está desaparecido, mas não podemos afirmar com certeza até que os exames sejam concluídos", disse o delegado em entrevista ao Portal AssisCity.
Segundo informações apuradas pelo Portal AssisCity, ainda não foi possível determinar a causa da morte devido ao estado extremamente avançado de decomposição do corpo, que já estava praticamente reduzido a ossos. A falta de material para análise dificulta ainda mais o processo de identificação e a conclusão sobre a causa da morte.
No entanto, a confirmação definitiva da identidade da vítima dependerá de exames detalhados realizados pelo Instituto Médico Legal (IML). "Os exames do IML, incluindo a análise da causa da morte, não têm um prazo específico para conclusão. A identificação completa pode levar alguns meses", explicou o delegado.
O caso
Na manhã de segunda-feira, 12 de agosto, trabalhadores de uma usina na zona rural de Assis localizaram um cadáver em avançado estado de decomposição durante a colheita da cana-de-açúcar. O corpo foi encontrado depois que os funcionários se depararam com uma bicicleta atropelada por uma colheitadeira.