Especial Mulheres: Maria Lopes de Campos e seu incentivo nas áreas de artes e cultura em Assis
Carinhosamente apelidada de Dona Pimpa, Maria é autora do hino de Assis
Redação AssisCity
- 06/03/24
- 15:00
- Atualizado há 37 semanas
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, que será celebrado nesta sexta-feira, 08 de março, o Portal AssisCity está produzindo uma série de matérias contando um pouco da história de grandes mulheres que foram muito importantes para o município de Assis.
A terceira homenageada é Maria Lopes de Campos, mais conhecida como Dona Pimpa, uma das principais incentivadoras na área das artes e cultura da cidade.
Maria Lopes de Campos nasceu no dia 10 de setembro de 1909, em Campos Novos Paulista. Era filha de Angelina e Manoel Lopes de Campos, proprietário do Hotel Lopes.
Recebeu o apelido de "Bimba", quando criança, por ser muito pequena e com o tempo o apelido se tornou "Pimpa", a qual foi carinhosamente chamada até os seus últimos dias.
Dona Pimpa era apaixonada por música desde pequena e dedicou sua vida a esta atividade com muito amor. Em 1920, com sua família já morando em Assis, Maria conclui o Ensino Médio com a professora Judith Garcez e parte para São Paulo, onde aprimorou seus conhecimentos musicais, aprendendo a tocar flauta, piano, violino, canto e participando de aulas de pintura. Em 1954, funda junto ao Padre Enzo Ticcineli e o professor Benedito de Moraes, o Conservatório Musical Santa Cecília de Assis, que contribuiu para manter viva as atividades musicais na cidade por muitos anos.
Maria deu aula em várias cidades da região, como Echaporã e Paraguaçu Paulista, além de atuar por muitos anos no Instituto de Educação de Assis, atual Escola Estadual "Dr. Clybas Pinto Ferraz". Inclusive, é de sua autoria o hino do Instituto e o hino de Assis.
Em 1988, em sua homenagem, foi inaugurado o "Centro Cultural Dona Pimpa", na Rua Luiz Pizza, que contou com a presença de Dona Pimpa, do pintor Ranchinho e do prefeito de Assis na época, José Santilli Sobrinho. O prédio comporta a biblioteca municipal e atualmente preza pelo atendimento às demandas locais e pelo desenvolvimento das coleções de livros e periódicos que integram seu acervo. O local também reúne uma quantidade expressiva de exemplares com assunto de interesse infanto-juvenil, contando ainda com jornais, revistas e livros em braile.
Dona Pimpa faleceu aos 85 anos no dia 23 de agosto de 1994, por problemas cardíacos e insuficiência respiratória. Muito ativa nos movimentos culturais ao longo dos anos, deixa um grande legado para o município de Assis, onde exerceu com amor e dedicação a função de professora de música.