Empresário de Assis e mãe viajam 12 mil quilômetros de Fusca

O paraguaçuense Renan Aparecido do Nascimento, de 34 anos, embarcou em uma aventura pra lá de especial com sua mãe, Cleuza de 58 anos. Eles percorreram 12.500 quilômetros de Fusca, de Assis até a Argentina.

Renan é empresário e mora em Assis há mais de 10 anos. Casado e com 3 filhos, ele conta que sempre viajou de carro pelo Brasil com sua família nos tempos livres e que isso virou uma paixão em sua vida.

Há quatro anos Renan comprou um Fusca sem pretensão de viajar mas, no processo de restauração do carro, ouviu muita gente entusiasmada falar sobre viagens e idealizou o seu projeto.

"Muita gente viaja de moto, de kombi para todo o lugar e eu com o fusca, comecei a pesquisar e gostei. Conversei com minha família, chamei minha mãe e resolvemos ir para a Argentina. No começo era mais uma vontade do que realidade, mas aconteceu tudo muito rápido e fomos", conta.

Na preparação para a viagem, Renan explica que tentou se organizar da melhor forma possível, arrumando e revisando o carro, para que nada de ruim pudesse acontecer.

"Era muita empolgação no começo, mas a preocupação em saber se íamos conseguir ir e voltar alcançando o objetivo era maior", diz.

Segundo Renan, a viagem foi muito bacana e mais tranquila do que ele imaginava. "O Fusca não deu nenhum problema grave, fiz uma manutenção ou outra na estrada, mas nada fora do esperado", explica.

A viagem durou 16 dias, Renan e sua mãe saíram de Assis no dia 20 de dezembro e chegaram no destino, dia 4 de janeiro. Renan e Cleuza passaram Natal e Ano Novo na estrada, uma experiência única que levarão para o resto da vida.

A família passou pelo Paraguai, Argentina e Chile e conheceram algumas cidades, como Ushuaia, Rosário, El Calafate, Bariloche e Buenos Aires.

"Na ida passamos pela famosa Rota 3 e na volta, pela Rota 40. Vimos cidades e regiões muito bonitas, próximas à Cordilheira, atravessando a Argentina até chegar em Foz do Iguaçu. Foi uma experiência incrível", conta Renan.

O empresário conta que durante a viagem, aquela preocupação e o receio foi passando. "No começo eram duas preocupações, a primeira em relação ao fusca, a segunda, em relação a minha mãe, se íamos dar conta, se teríamos cansaço, algo que pudesse atrapalhar a viagem", explica.

Essa foi a viagem mais longa que Renan fez, ele conta que dirigiu todo o trajeto e que por mais cansativo que fosse, ele e sua mãe aproveitaram cada momento.

"Com o tempo, fui percebendo que não adiantava ficar preocupado. Fui pegando mais confiança e consegui aproveitar bem, todo o dia, passávamos por algum lugar que chamava atenção, paisagens novas e diferentes. Apesar da ansiedade de ficar muito tempo fora de casa e querer voltar logo, já estou com saudades de fazer de novo", finaliza.