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Em entrevista, Márcio Cavuto discute propostas para transporte público, saúde e segurança pública de Assis

Candidato do NOVO foi convidado da última sexta-feira, 30, da série de entrevistas do Portal AssisCity e da Rádio Difusora de Assis

Redação AssisCity

  • 01/09/24
  • 16:00
  • Atualizado há 1 semana

Na última sexta-feira, 30 de agosto, o Portal AssisCity e a Rádio Difusora de Assis entrevistaram o candidato à Prefeitura de Assis pelo Partido NOVO, Márcio Cavuto. Durante a entrevista, Cavuto, discutiu temas essenciais para a administração da cidade, incluindo transporte público, mobilidade urbana, saúde e segurança pública.

Portal AssisCity - Candidato do NOVO foi convidado da última sexta-feira, 30, da série de entrevistas do Portal AssisCity e da Rádio Difusora de Assis - FOTO: Portal AssisCity
Candidato do NOVO foi convidado da última sexta-feira, 30, da série de entrevistas do Portal AssisCity e da Rádio Difusora de Assis - FOTO: Portal AssisCity

Transporte Público e Mobilidade Urbana

Cavuto argumentou que a atual gestão da prefeitura de Assis, que administra o transporte público de forma gratuita, não tem garantido a eficiência desejada pela população, propondo uma reformulação que inclui parcerias com a iniciativa privada e a introdução de novas modalidades de transporte. Ele explicou que, ao conversar com os moradores, percebeu que muitos prefeririam pagar uma tarifa justa por um serviço de qualidade, em vez de continuar com a gratuidade que, segundo ele, compromete a eficiência. "Todos os candidatos ouvem as mesmas reclamações nas ruas: as pessoas preferem pagar pela circular desde que o serviço funcione melhor, com mais regularidade e com horários melhores do que andar de moto ou pagar Uber", afirmou.

Segundo o candidato, uma gestão mais eficiente do transporte público pode ser alcançada com uma tarifa simbólica. "Se cobrarmos R$ 1 de 3 mil usuários por dia, como a gestão atual estima, geramos R$ 90 mil em receita bruta por mês. Isso permitiria melhorar a infraestrutura, comprar novos ônibus e aumentar a frequência das rotas, tudo sem depender de pesados subsídios da prefeitura", explicou. Ele reforçou que a ideia não é eliminar gratuidades previstas por lei para aposentados e outros grupos, mas sim criar um sistema mais justo e eficaz.

Uma das principais propostas de Cavuto para a melhoria do transporte público em Assis é a abertura de oportunidades para a iniciativa privada. Ele defendeu que, em vez da Prefeitura assumir o controle direto, como ocorreu quando a antiga empresa abandonou o serviço na gestão anterior, o ideal seria abrir espaço para outras empresas ou até mesmo para novos modelos de transporte "Vamos abrir para que os donos de vans começem a fazer o transporte público dentro de Assis. Vamos criar uma legislação para que essas pessoas consigam participar desse transporte público com veículos menores, mais baratos de manter e que gastem menos combustível," sugeriu Cavuto.

O candidato também apresentou propostas para melhorar a mobilidade urbana de Assis de forma geral. Ele destacou que a cidade precisa de um estudo sério sobre o tráfego, propondo a implementação de semáforos inteligentes e a criação de corredores para diferentes modais de transporte, como bicicletas e patinetes elétricos. "Sorocaba, por exemplo, está implementando patinetes e bicicletas como alternativas para as pessoas se locomoverem pela cidade. Acho isso viável para Assis, pois estamos falando de sustentabilidade e de novas formas de mobilidade," explicou.

Cavuto enfatizou que é preciso abrir a cabeça para novas ideias e abandonar velhos paradigmas, como o desejo compulsório de ter um carro próprio. Ele observou que as gerações mais jovens já pensam de forma diferente e que as políticas públicas devem acompanhar essas mudanças. "O que falta pra gente hoje é ousadia. Estamos muito presos ao passado," afirmou.

Outro ponto abordado na entrevista foi a recente política de abertura de ruas ao longo da linha férrea, promovida pela atual administração. Ele afirmou que é fundamental entender se essas intervenções estão de acordo com a lei, especialmente quando se trata de áreas que não pertencem ao município. "Se eu estou usando uma área que não pertence à cidade para fazer uma rua, temos que entender o risco de, em algum momento, a empresa proprietária exigir a devolução," alertou.

Márcio Cavuto enfatizou que Assis não pode ficar bloqueada e que é crucial planejar cuidadosamente a abertura de novas ruas. "Não concordo com a abertura de ruas em áreas de chácaras, como está sendo feito perto do Poupatempo," afirmou Cavuto. Ele criticou o projeto do anel viário, que inclui uma nova rua entre o Colégio Xereta e o Residencial Dahma, ligando a Av Rui Barbosa à Estrada do Matão, destacando que a via tem apenas 4 metros de largura e exigirá desapropriações e investimentos significativos. "Pergunto se todo esse planejamento e investimento foram realmente mapeados e se o dinheiro público está sendo bem aplicado. Em vez de simplesmente abrir ruas de forma desordenada, seria mais sensato dialogar com os proprietários de grandes áreas ao redor da cidade para incentivá-los a lotear seus terrenos e promover um crescimento ordenado de Assis," acrescentou.

Reprodução/YouTube - Cavuto durante a entrevista - FOTO: Reprodução/YouTube
Cavuto durante a entrevista - FOTO: Reprodução/YouTube

Gestão da Saúde

Sobre a gestão da saúde pública no município, Márcio Cavuto, disse ter prioridade em melhorar o atendimento no Pronto Atendimento do Maria Isabel e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Cavuto criticou o atual modelo de administração da UPA, atualmente sob responsabilidade da FEMA (Fundação Educacional do Município de Assis), e sugeriu que o convênio poderia ser ampliado para incluir alunos de outras universidades.

"Não tenho o contrato em mãos, mas precisamos entender melhor o acordo entre a FEMA e a UPA", afirmou Cavuto. Ele ressaltou a importância da UPA para a formação dos alunos da FEMA, mas questionou a exclusividade que impede outras faculdades de participarem. "Por que não podemos abrir para alunos de outras instituições?", indagou.

O candidato enfatizou a necessidade de uma revisão completa dos contratos vigentes na administração pública municipal, caso seja eleito. "A primeira coisa que farei ao assumir a Prefeitura em janeiro será revisar todos os contratos. Precisamos verificar o que foi contratado, quanto está sendo pago e se o valor está dentro do mercado", disse Cavuto. Ele destacou que a falta de fiscalização adequada sobre os contratos é um problema recorrente na administração pública.

Sobre PA Maria Isabel, Cavuto indicou que não é a favor de uma operação 24 horas imediatamente, argumentando que a cidade talvez não tenha orçamento suficiente para tal mudança. "A ideia inicial é estender o horário de funcionamento até meia-noite e, com o tempo, avaliar os impactos dessa mudança. Promessas de funcionamento 24 horas sem respaldo financeiro são populismo. A gestão da saúde deve ser estruturada para desafogar a UPA.", explicou.

Ele também propôs fortalecer as UBS para que os cidadãos possam receber atendimento médico em seus bairros, reduzindo a sobrecarga da UPA. "Considero importante investir nas UBS, estendendo seus horários de funcionamento e, se possível, disponibilizando plantonistas e estagiários de medicina para atender a população em horários alternativos. Dessa forma, a saúde nos bairros é fortalecida, e a UPA fica mais livre para atender casos mais graves", complementou.

O candidato também destacou a importância de estabelecer metas claras, treinar adequadamente os profissionais e garantir que os serviços estejam acessíveis e próximos à população. "Isso evita o 'jogo de empurra' entre a UPA e as UBS, proporcionando um atendimento mais eficiente e humanizado. Além disso, é necessário criar uma secretaria dedicada à gestão de pessoas, para desenvolver carreiras, melhorar benefícios e, consequentemente, o atendimento à população", concluiu.

Segurança Pública

Cavuto também abordou a questão da segurança pública em Assis, destacando o aumento do uso de drogas entre os jovens e o consumo de bebidas alcoólicas cada vez mais cedo. Ele apontou a pichação como parte desse problema e sugeriu que a solução passa pela tecnologia e pela integração cultural. "A pichação deve ser combatida com tecnologia, mas também precisamos trazer essas pessoas para perto, promovendo uma integração cultural. Temos muitas áreas na cidade que poderiam ser usadas para o grafite", afirmou Cavuto.

O candidato explicou que seu plano de governo inclui propostas para criar espaços designados para o grafite, integrando os jovens que praticam a pichação para que possam expressar sua arte de maneira legal e construtiva. "Se dermos oportunidades para que esses jovens se expressem através do grafite em áreas apropriadas, podemos reduzir o vandalismo nos espaços públicos e privados", acrescentou.

Em relação à segurança, Cavuto criticou a redução da atividade delegada em Assis, um convênio entre a Prefeitura e o Estado que permite que policiais trabalhem em horários de folga usando equipamentos oficiais. Segundo o candidato, a diminuição desse tipo de atividade tem contribuído para o aumento da violência em Assis, que atualmente é uma das cidades mais violentas do Centro-Oeste paulista. "Precisamos colocar mais policiais na rua e utilizar a atividade delegada ao máximo antes de considerar a implementação de uma guarda municipal. A prioridade é otimizar o uso dos recursos existentes, como viaturas equipadas com tecnologias que auxiliem na identificação de áreas de risco," enfatizou Cavuto.

Sobre a criação de uma guarda municipal, Cavuto é a favor de um modelo que inclua agentes armados em locais de maior necessidade, e desarmados em áreas menos críticas, como escolas. Ele também destacou que a implementação de câmeras nos uniformes dos policiais não será uma prioridade em seu governo devido ao custo elevado e à necessidade de focar na resolução imediata dos problemas de violência. "A câmera deve ter um objetivo claro e não pode ser usada apenas para fiscalizar a atividade do policial. Ela deve servir para proteger o policial em casos de possíveis acusações. A violência que enfrentamos é predominantemente de rua, por isso, nesse primeiro momento, priorizaremos outras medidas para combater a violência," concluiu Cavuto.

A cobertura completa das entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Assis e tudo sobre as Eleições 2024 está no Portal AssisCity.

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