Em Assis, com Câmara lotada, projeto que criaria 15 assessores de vereadores é rejeitado
Com o salário em torno de R$ 3.400,00 a despesa com folha de pagamento prevista a cada mês chega próximo de R$ 50,9 mil
Terminou às 20h30 desta quarta-feira a 3ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Assis que foi marcada pela maciça presença popular, com o plenário completamente lotado e muitas pessoas do lado de fora. O número expressivo de pessoas foi à sessão para pressionar os vereadores a rejeitarem o Projeto de Resolução 1/2018, que trata da criação de cargos de Assessor Parlamentar.
O que mais levou muitos assisenses a rejeitarem a ideia é o fato de a criação do cargo gerar um alto custo aos cofres públicos. Com o salário em torno de R$ 3.400,00 a despesa com folha de pagamento prevista a cada mês chega próximo de R$ 50,9 mil e até o final deste ano gira em torno de R$ 510 mil nos 10 meses, de março a dezembro.
A autoria é da Mesa Diretora da Câmara, composta pelos vereadores Eduardo de Camargo Neto, André Borracha, Chico Panela e João da Silva Filho (Timba). Mas o presidente da Casa, vereador Camarguinho, explicou que antes de chegar à pauta de apreciação e votação, houve três reuniões para tratar do assunto.
Segundo ele, dos 15 vereadores apenas três foram taxativamente contrários desde o início e eles se apresentaram: Carlos Binato, Vinícius Símili e Claudecir Martins. Os demais ou apoiavam a iniciativa de cada vereador ter um assessor para aprimorar os trabalhos legislativos ou eram favoráveis ao debate do projeto para só então formar uma opinião sobre o assunto.
Todos tiveram oportunidade de manifestar suas posições. Alguns como o vereador Timba e professora Dedé tiveram as vozes abafadas por protestos e vaias e, consequentemente, mais dificuldades de expressar seus posicionamentos. Por várias vezes, o presidente da Câmara ameaçou encerrar a sessão por causa do barulho dos presentes no plenário.
Dadas todas as explicações, inclusive dos motivos da mudança de posicionamento e de decisão quanto ao projeto, os vereadores foram chamados em ordem alfabética e todos votaram não, exceto Eduardo de Camargo que por ocupar a presidência não vota. Com isso, o projeto foi declarado rejeitado por 14 votos dos vereadores Alexandre Cachorrão, André Borracha, Carlos Binato, Célio Diniz, Claudecir Martins, Professora Dedé, Chico Panela, João da Silva "Timba", vereador Bigode, Nilson Pavão, Reinaldo Anacleto, Roque Vinícius, Valmir Dionísio e Vinícius Símili.
A sessão da Câmara ficou lotada
A sessão da Câmara ficou lotada dentro e fora do plenário