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Denúncia contra empresa de transporte coletivo chega à Tribuna da Câmara

Cidadã usa Tribuna Livre para apontar problemas com veículos, horários e funcionários da empresa

Redação AssisCity

  • 05/10/17
  • 08:00
  • Atualizado há 377 semanas

A empresa de transporte coletivo urbano de Assis tem sido alvo de graves denúncias, por diferentes motivos. Várias reuniões entre os órgãos públicos e a empresa têm sido noticiadas pela imprensa local, sempre com o compromisso da Rápido Turismo se adequar às normas vigentes no contrato. Nesta semana a reclamação tomou uma proporção maior e chegou à Tribuna da Câmara Municipal de Vereadores.

A assisense Claudia Maria Rodrigues de Almeida fez uso da Tribuna Livre na Sessão Ordinária desta segunda-feira, 2, o que resultou em uma série de outras denúncias sobre a condição dos veículos.

Claudia chamou a atenção dos vereadores e da população ao expôr, de forma pública, os problemas pelos quais os usuários e também funcionários da empresa têm passado.

Em um dos trechos de seu discurso, Claudia Maria disse: "estamos passando por momentos complicados. Os ônibus estão sem manutenção, sujos e com baratas, e alguns estão sem luz, sem campainha, pneus completamente carecas e o mais preocupante, sem freios. É preciso muito esforço dos motoristas para manobrar os carros sem alinhamento, isso sem falar no barulho dos ônibus quando começam a rodar, que chega a incomodar e dar dor de cabeça nos usuários", afirmou.

Em sua fala, Claudia Maria também reclamou dos atrasos.

"Eu sou moradora do Parque Universitário. Os ônibus estão correndo atrasados de uma em uma hora, e temos que sair com duas horas de antecedência para chegar no horário ao serviço", acrescentou.

Ainda durante o uso da Tribuna, Claudia Maria falou sobre as tentativas por parte do Poder Público em solucionar as questões.

"Mesmo após três reuniões nada do que foi prometido aos funcionários e à população foi cumprido. O contrato com a empresa tem duração de 10 anos e não temos nem dois anos cumpridos ainda. É preciso que todos se lembrem que vidas estão envolvidas, são trabalhadores, idosos, gestantes, estudantes, deficientes que estão utilizando diariamente o transporte. Já existe provas suficientes para a quebra de contrato. Cidadãos e cidadãs de Assis aguardam uma tomada de decisão e uma solução para o problema", conclui.

Na manhã desta quarta-feira, 4, a Polícia Militar de Assis esteve no Terminal Urbano de Passageiros. A fiscalização foi motivada por uma série de denúncias, inclusive por meio do 190 e, até o momento, não foi divulgado o balanço da operação de fiscalização.

O presidente da Câmara Municipal, Valmir Dionizio, também comentou sobre as reclamações da população assisense.

"Estamos enfrentando problemas com a Rápido Turismo desde janeiro deste ano. Como vereador e presidente da Câmara, convidei o proprietário da empresa para uma reunião com alguns vereadores, quando ele se comprometeu de que iria melhorar, mas as reclamações continuaram. Em meados de abril, nós chamamos para uma nova reunião, mas a empresa não se adequou novamente. A partir disso, o prefeito José Fernandes baixou um decreto no qual instituiu uma Comissão Fiscalizadora, que apurou o descumprimento de algumas regras, como atrasos, falta de manutenção, entre outras. Chegamos a uma situação insustentável, mas devido às cláusulas de indenização no rompimento do contrato, estamos discutindo para chegar a uma solução. Inclusive recebi o Coronel Bertão para uma entrevista e também procurei dele uma atitude mais rigorosa, pois apesar da Câmara e da Prefeitura serem os órgãos que recebem grande parte das reclamações, a responsabilidade da fiscalização é da Polícia Militar", conclui.

Samuel Santos, proprietário da empresa Rápido Turismo, fala das dificuldades em manter seus compromissos com a cidade e com seus funcionários.

"Trabalhar em Assis é complicado, ainda mais sem o apoio do Legislativo. Os vereadores só sabem cobrar mas não enxergam a nossa dificuldade com manutenção dos veículos, folha de pagamento entre outros compromissos. Na manhã desta quarta-feira houve uma fiscalização em alguns ônibus da nossa empresa, feita por policiais militares após denúncias. O que posso dizer no momento é que a situação de Assis é grave e vamos tentar resolver tudo isso da melhor forma possível", diz Samuel.

Claudia Maria Rodrigues de Almeida durante uso da Tribuna Livre

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