Consumidores lesados pela 123 Milhas têm até 26 de novembro para informar prejuízos à Justiça
Coordenadora do Procon de Assis orienta aos consumidores a se registrarem como credores da 123 Milhas no site da recuperação judicial
Redação AssisCity
- 08/11/24
- 11:00
- Atualizado há 1 semana
A 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, em Minas Gerais, publicou o edital de recuperação judicial da 123 Milhas, oferecendo aos consumidores afetados a oportunidade de registrar oficialmente seus prejuízos. O prazo para o envio das informações é até o próximo dia 26 de novembro, e o cadastro deve ser feito exclusivamente no site rj123milhas.com.br. Caso o consumidor já esteja na lista de credores e note discrepâncias nos valores, é possível apresentar uma contestação.
Daniela Dias Batista, coordenadora do Procon de Assis e representante regional do Procon-SP, alertou para a importância desse registro. "Só no Procon de Assis, registramos mais de 30 reclamações e diversos atendimentos contra a 123 Milhas. Alguns consumidores optaram por entrar diretamente na Justiça após o pedido de falência. É fundamental que o prejudicado faça o cadastro, pois talvez essa seja a única oportunidade de ressarcimento", disse.
A Fundação Procon-SP reforça que, independentemente de ações junto a órgãos de defesa do consumidor, é essencial que todos os consumidores lesados registrem seus dados no site indicado para garantir seu status de credor no processo de recuperação judicial.
Relembre o caso
Em 2023, a 123 Milhas anunciou a suspensão de pacotes e emissão de passagens da linha promocional "Promo", que oferecia viagens com datas flexíveis previstas entre setembro e dezembro. A empresa justificou a decisão por fatores econômicos adversos, como a alta demanda de voos e o aumento das taxas de juros, que mantiveram elevadas as tarifas.
Na época, a 123 Milhas informou que devolveria os valores pagos em vouchers corrigidos em 150% do CDI, podendo ser utilizados para outros produtos da empresa. Entretanto, a recente crise financeira da empresa resultou em demissões e relatos de consumidores impedidos de utilizar os vouchers.
Segundo a empresa, a recuperação judicial busca "organizar" o cumprimento de suas obrigações e evitar a pressão dos credores.