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Câmara de Assis vota nessa segunda pedido de afastamento de vereador por furar fila na vacinação contra COVID

Denunciante fala com exclusividade com o Portal AssisCity sobre os motivos que o levaram a denunciar o ex-colega de Corporação

Redação AssisCity

  • 10/05/21
  • 11:00
  • Atualizado há 184 semanas

Vereadores da Câmara Municipal de Assis votam nessa segunda-feira, 10, o afastamento do vereador do Democratas Dionizio de Genova Júnior, de 52 anos, tenente aposentado da Polícia Militar do Estado de São Paulo, por ter sido vacinado contra a COVID-19, no dia 7 de abril, no 32º Batalhão da PM em Assis.

A denúncia foi apresentada na Câmara Municipal de Assis como suposta infração político-administrativa por ter se beneficiado do mandato de vereador para praticar ato que contraria as normas de vacinação, pois somente agentes da Segurança Pública na ativa poderiam se vacinar, e por ter faltado com o decoro na sua conduta pública.

Protocolada pelo policial Militar Carlos Alberto Bezerra, a denúncia ainda aponta que como presidente da Associação Policial de Assistência à Saúde, vereador Gênova "deveria zelar pela saúde dos policiais ativos que arriscam a vida para salvar cidadãos acometidos pela doença e tinha conhecimento disso". O fato do vereador ter alegado que tomou a 'xepa' não ameniza o ato, pois tinha conhecimento de que deveria ser destinada a maiores de 60 anos ou pessoas com comorbidades, conforme determina norma técnica, justifica o denunciante.

A denúncia pede que o vereador seja afastado imediatamente de seu cargo público eletivo e que tenha início processo político-administrativo e se comprovada prática de infração, que o vereador tenha seu mandato cassado.

Divulgação - Vereador tenente Gênova
Vereador tenente Gênova

Com exclusividade, Portal AssisCity conversou com o autor da denúncia para saber os motivos que o motivaram a prestar denúncia contra o vereador.

"Os maiores motivo que me levaram a fazer a denúncia foram a moralidade e a ética. Não é moral para um vereador que tem o dever de fazer e fiscalizar as leis não cumpri-las e não é ético para os vereadores conviver com um dos seus que não cumpre as leis. Sendo assim, como PM me sinto desmoralizado perante à Corporação e como cidadão eu não me sinto representado na Câmara Municipal pelo vereador Gênova, pois ele sabia que a sua vacinação era ilegal e mesmo assim se vacinou", relata Bezerra.

O denunciante fala ainda sobre a atitude o vereador ao tomar a vacina, sob dois aspectos, da corporação, a que pertence, e dos cidadãos.

"Vejo a atitude do vereador tenente Gênova perante a Polícia Militar como muito negativa, pois os PM são por demais legalistas e não campactuam com isso. Em relação a seus eleitores, ficou uma sensação de frustação".

A denúncia foi apresentada na Câmara no dia 29 de abril, mas de acordo com Parecer Técnico do dia 4 de maio faltou comprovar que o denunciante estava quite com a Justiça Eleitoral, o que deveria ser feito em um prazo de 5 dias sob pena da denúncia ser arquivada. "Entreguei minha Certidão de Quitação Eleitoral no mesmo dia".

Questionado se Bezerra pretende fazer a denúncia no Ministério Público, ele responde não fará porque o MP já está apurando possíveis irregularidades no processo de vacinação.

Vereador e presidente da Câmara Vinícius Símili informa que "a denúncia será lida e votada na sessão dessa segunda-feira".

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